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Correção da tabela do IR custaria R$ 9 bi ao governo

Dourados News - 15 de maio de 2004 - 10:24

A Receita Federal acredita que o impacto da correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física sobre os cofres do governo será bem maior do que dizem as centrais sindicais que defendem a medida.

Segundo o coordenador-geral de Política Tributária da Receita, Márcio Verdi, a correção da tabela em 55,3% --índice que corresponde às perdas acumuladas desde 1996 e que tem sido defendido pelas principais centrais sindicais brasileiras-- geraria uma perda de arrecadação de mais de R$ 9 bilhões.

Já pelos cálculos do Dieese que têm sido apresentados pelas centrais, o custo para o governo seria menor, de R$ 6,5 bilhões.

As centrais também afirmam que a correção apenas das perdas no governo Lula, de 11,32%, custaria R$ 1,7 bilhão aos cofres públicos. A Receita não quis revelar sua projeção para uma correção com esse índice.

Hoje estão isentos do IR os trabalhadores que recebem até R$ 1.058 por mês, pagam 15% aqueles que ganham entre R$ 1.058,01 e R$ 2.115 e têm descontado do salário os que recebem acima desse último valor.

A correção desses valores evitaria que trabalhadores isentos passem a pagar imposto recebendo um aumento salarial correspondente à inflação ou então que empregados hoje tributados comecem a pagar uma alíquota maior. Porém, o governo perde com a correção uma importante fonte de aumento de arrecadação.

Por isso, o ministro Antonio Palocci (Fazenda) já avisou aos sindicalistas que a tabela só será corrigida caso seja acompanhada também pela criação de novas alíquotas do IR, que variariam de 5% a 30%.

Com isso, o governo aumentaria o número de pessoas contribuindo e também a alíquota para a parcela da população com renda maior.




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