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Geral

Corpos de Lys e Gianluca serão enterrados no Brasil

Lilian de Macedo/ABr - 31 de dezembro de 2004 - 10:01

Os corpos da diplomata brasileira Lys Amayo e de seu filho Gianluca, de 10 anos, devem ser enterrados no Brasil. De acordo com Theresa Amayo, mãe da diplomata, o corpo de sua filha será velado no Rio de Janeiro. "Com certeza, o casal será enterrado junto. Toda a família quer se despedir, mesmo os amigos do Itamaraty, que já estão com passagem marcada para o Rio", disse emocionada.

Theresa afirmou que ainda não decidiu se os corpos voltam ao Brasil neste domingo (2), transportados pelo avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que leva à Tailândia ajuda às vítimas do maremoto que atingiu África e Ásia no último fim de semana. "Chegou um avião do Brasil e havia a possibilidade de embarcarmos hoje, mas nós não deixamos. Nós estamos aguardando encontrar o corpo do Antônio, marido da minha filha", destacou. O italiano Antônio D'Avola ainda está desaparecido.

Apesar de adiar a volta, Theresa disse que já está sem esperanças de encontrar o genro vivo. "Eu não sei se ele está vivo ainda. Estou começando a perder as esperanças. O embaixador chegou ontem de Phuket e disse que procurou o corpo de Antonio em todos os hospitais, em todas as tendas. Existe uma quantidade enorme de pessoas mortas, de feridos, muito mutilados, sem identificação", ressaltou.

De acordo com a atriz, o casal tinha planos de voltar para o Brasil. Segundo Theresa, este era um desejo de Antônio. "Ele adorava o Brasil, queria morar no Brasil. Comprou uma casa há dois meses em Brasília", acrescentou.

A atriz lembrou que sua neta Thaís, filha de Lys, sobreviveu às ondas gigantes. "Minha neta ficou dormindo porque estava com dor de estômago. A mãe ainda falou: Você quer que eu fique? Mas ela respondeu: não, vai mamãe, eu vou dormir mais um pouco e depois a gente se encontra. Minha neta foi acordada pelo filho de um casal amigo. Esse menino se salvou, não sei como. Ele chegou no quarto dela todo machucado, traumatizado, completamente aterrorizado.", concluiu.

Enquanto os países atingidos pelo maremoto contam o número de mortos, que já ultrapassa 120 mil pessoas, outros tentam minimizar as perdas. O Canadá anunciou que isentará as dívidas dos países afetados. De acordo com o ministro de Relações Exteriores, Pierre Pettigrew, "essa é uma forma de o Canadá olhar não só para a crise imediata, mas também dar apoio à reconstrução". Seu maior devedor é a Indonésia, deve cerca de US$ 500 milhões. Este é o mesmo valor que a comunidade internacional arrecadou em prol das vítimas do tsunami (onda gigante).

O secretário geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan, se reúne hoje com o secretário de Estado americano, Colin Powell. Eles vão discutir as melhores formas de atuação da coalisão formada pelos Estados Unidos, Austrália, Índia e Japão para ajudar as vítimas da tragédia.

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