Rio de Janeiro - A chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegada Martha Rocha, informou hoje (6) que o corpo encontrado em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, no último dia 30, pertence ao menino Juan Moraes, 11 anos, e não a uma menina, como havia sido informado pela Posto Regional de Polícia Técnico Cientifica (PRPTC) de Nova Iguaçu.

A delegada informou que a morte de Juan foi comunicada oficialmente à Secretaria Estadual Direitos Humanos. Segundo Martha, a secretaria dará a notícia do falecimento à família do estudante. A perita, que deu o laudo errado, poderá ser responsabilizada.

“Inicialmente, o PRPTC de Nova Iguaçu identificou num exame preliminar ser um cadáver do sexo feminino. Determinamos que toda a técnica e ciência fossem empregadas ao Departamento de Polícia Técnica. Como tínhamos recolhido material genético da família, fizemos um exame de DNA com o confrontamento de dados. O resultado positivou como sendo do menino Juan”, disse. Martha Rocha informou ainda que o delegado titular da 56ª DP (de Comendador Soares, em Nova Iguaçu) será substituído.

Foram feitos dois exames de DNA que confirmaram o corpo como sendo de Juan.

O delegado titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, Ricardo Barboza, informou que a reconstituição do crime está prevista para a próxima sexta-feira (8) às 10h, em diferentes pontos da região, com base no confrontamento de versões, entre testemunhas e suspeitos. Ele afirmou que não pedirá a prisão imediata dos quatro policiais militares, pois, espera angariar provas, analisá-las e as encaminhar ao Ministério Público.

O menino Juan havia desaparecido no dia 20 de junho, após tiroteio entre policiais militares e traficantes em uma favela em Nova Iguaçu.




Edição: Rivadavia Severo