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Corpo do sociólogo Octavio Ianni será enterrado às 15h

Marli Moreira/ABr - 05 de abril de 2004 - 14:19

O corpo do sociólogo Octavio Ianni, 77 anos, está sendo velado no Velório Municipal de Itu, no interior paulista, cidade onde ele nasceu em 1926, e será enterrado, às 15h, no Cemitério Municipal de Itu. Considerado um dos pais da moderna sociologia brasileira, Ianni morreu na tarde de ontem, no Hospital israelita Albert Einstein, de onde foi removido às 20h para Itu. Não foi divulgada a causa da morte.

Segundo nota publicada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mesmo doente, nas últimas semanas o sociólogo, que era professor emérito dessa instituição, continuava freqüentando a sua sala do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH).

Octavio Ianni era também professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP) e docente visitante da Universidade de Columbia, em Nova York. Com os direitos políticos cassados pelo regime militar, em 1969, passou a dar aulas no Exterior, voltando ao País em 1977, quando tornou-se professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Na década de 50, com os sociólogos Florestan Fernandes e Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República, integrou o grupo de estudiosos sobre as relações raciais no Brasil que contribuiu para uma revisão do conhecimento sociológico da realidade étnica brasileira.

Ianni também foi considerado uma referência para os novos cientistas sociais, na década de 60, tendo se especializado na análise do populismo, do imperialismo e do globalismo. Sobre este último conceito de desenvolvimento econômico, o sociólogo tinha uma visão crítica severa.

Pelo menos 16 de suas obras são listadas como os principais legados: Cor e Mobilidade Social em Florianópolis (1960, em colaboração); Homem e Sociedade (1961). Metamorfoses do Escravo (1962); Industrialização e Desenvolvimento Social no Brasil (1963); Política e Revolução Social no Brasil (1965); Estado e Capitalismo no Brasil (1965); O Colapso do Populismo no Brasil (1968); A Formação do Estado Populista na América Latina (1975); Imperialismo e Cultura (1976); Escravidão e Racismo (1978); A Ditadura do Grande Capital (1981); Revolução e Cultura (1983); Classe e Nação (1986); Dialética e Capitalismo (1987); Ensaios de Sociologia da Cultura (1991); e a Sociedade Global (Eustáquio Gomes).

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