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Corpo de trabalhador fica quatro horas no asfalto a espera de perito

Jovem Sul News - 01 de setembro de 2014 - 06:47

Às 13h20 de domingo, 31 de agosto, ocorreu um grave acidente entre uma moto e um Fiat Strada, na Rua Guarapuava, esquina com a Rua Pato Branco, no Bairro Sibipiruna, em Chapadão do Sul.

Houve uma colisão da moto Honda Bros 150cc, pilotada por Lírio Osvaldo Simão, 44 anos, com o Fiat. No acidente, Lírio morreu antes da chegada do Corpo de Bombeiros. Na via e sentido em que Lírio estava, não está na esquina a placa de Pare. Segundo moradores das imediações, há mais de seis meses a placa caiu e foi retirada do local.

A demora.

Diante das circunstâncias, ou seja, morte violenta, a legislação determina que somente os peritos da Polícia Civil têm competência para liberar o corpo. Ocorre que uma equipe da Polícia Técnica mais próxima, ou que é da jurisdição, fica em Paranaíba, distante 200 Km de Chapadão do Sul.

Os peritos, após terem o carro quebrado no caminho, chegaram às 17h23, ou seja, quatro horas e três minutos após o acidente.

Uma multidão passou a tarde no local e estava inconformada com a situação humilhante daquele ser humano e de sua família. Todos estavam visivelmente constrangidos diante da reação das pessoas, da família do falecido e impotentes para atenderem ao clamor.

Ainda, se não bastasse essa incapacidade do Estado em prestar um serviço de qualidade aos cidadãos, na remoção do corpo, ele ainda teve que ser levado ao médico legista, o que deve demorar mais seis ou sete horas. O legista mais próximo de Chapadão do Sul fica em Cassilândia, distante 100 Km. Ocorre que no momento, aquele servidor está de licença. Sendo assim, foi o corpo levado para mais 100 Km adiante, em Paranaíba, para ser atendido.

A indignação.

O corpo estava previsto para chegar em Chapadão por volta das 06 horas da manhã, para o velório.

Diante da revolta da população, no local do acidente, o Vereador Prainha acompanhou o sofrimento da família e a angústia de todos. Ele disse que igualmente estava se sentindo impotente, constrangido e criticou a falta de competência do Estado em prestar aqueles serviços de qualidade e da classe política de Chapadão do Sul em conseguir a Polícia Técnica e um médico legista. Disse que nesta segunda-feira (01/09) iria falar com autoridades locais para ajudar a buscar uma solução para o problema.

O agente funerário que estava no local para atender à ocorrência disse que em todos os casos de morte violenta, em Chapadão do Sul, a angústia dos familiares, o constrangimento e a revolta são os mesmos.

Uma fonte informou ao Jovem Sul News que a Polícia Técnica de Paranaíba realiza de 200 a 300 perícias por mês e é responsável por todo o Bolsão, ou seja, a linha de Figueirão a Selvíria.

Os peritos que estiveram em Chapadão do Sul para atender a mais este caso, alegaram que não estão autorizados a dar nenhum esclarecimento ou informação, apenas se limitaram em externar que entendem a indignação da população.

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