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Coronel Sapucaia é a 3ª cidade em homicídios no País

Sandra Luz / Campo Grande News - 27 de fevereiro de 2007 - 16:21

O município de Coronel Sapucaia, distante 396 quilômetros de Campo Grande, detém o terceiro lugar no País em número de homicídios em relação à população, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira, 27, pela OEI (Organização dos Estados Ibero-Americanos), em Brasília (DF). Na pesquisa Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros dados de todas as 5.560 cidades do Brasil e a situação de 10% do total foi divulgada. Dos 556 municípios com maior índice de violência, 20 estão em Mato Grosso do Sul, incluindo Campo Grande.

Conforme a pesquisa, que tem 2004 como ano de referência, as 556 cidades com maiores taxas de homicídios na população total concentram 71,8% o total desse tipo de morte no País e concentra 42% da população. No Estado, as 20 cidades mais violentas concentram 76,3% dos homicídios em uma área onde vivem 63,3% dos habitantes sul-mato-grossenses.

No ano de referência da pesquisa ocorreram 48.374 assassinatos no País, 650 deles registrados em Mato Grosso do Sul. As cidades mais violentas de Mato Grosso do Sul em relação à população geral, além de Coronel Sapucaia e Campo Grande, segundo a pesquisa da OEI são: Ponta Porã, Ribas do Rio Pardo, Aral Moreira, Paranhos, Porto Murtinho, Água Clara, Juti, Rio Brilhante, Amambai, Dourados, Sete Quedas, Corumbá, Pedro Gomes, Inocência, Antônio João, Aparecida do Taboado, Três Lagoas e Ivinhema. Nesses municípios ocorreram 496 mortes.

No mesmo levantamento é possível observar que, além de ser a terceira no ranking de assassinatos, Coronel Sapucaia também ocupa a mesma posição em mortes por armas de fogo, com 91,1 por mil habitantes. Neste contexto também estão Aral Moreira, Juti, Paranhos, Corumbá, Dourados, Água Clara e Antônio João entre os 556 municípios com maior número de mortes por armas de fogo. A Capital, Campo Grande, está na 433ª posição, com 24,4 mortes usando arma de fogo por mil habitantes.

O volume de assassinatos foi deputado pelos pesquisadores da OEI e ficou constatado que, das vítimas, 91,1% é do sexo masculino. Os jovens também são as principais vítimas, 35,6% dos mortos tinham no ano da pesquisa entre 20 e 24 anos; 34,2% estavam na faixa de 25 a 29 anos e 37,1% entre 15 e 19. De acordo com o mapa, 80% das mortes registradas em 2004 foram de jovens.

Na violência contra esta faixa etária o primeiro lugar coube a Foz do Iguaçu (PR), onde foram registradas 223,3 mortes por mil habitantes. De Mato Grosso do Sul o campeão é Juti, com 109,8 mortes por mil habitantes, considerando os jovens. Além de Juti aparecem na pesquisa Tacuru, Ponta Porã, Dourados, Corumbá, Porto Murtinho, Rio Brilhante, Ivinhema, Alcinópolis, Ribas do Rio Pardo, Sete Quedas, Amambai e Campo Grande.

Violência – Para a OEI, a violência vive um momento de interiorização, o que é um desafio para a sociedade. O estudo compara dados de 1997 e 1999 com os de 2001 a 2004 e conclui que os homicídios cresceram mais que a população. Além disso, nos grandes centros a violência vive um momento de estagnação diretamente proporcional ao aumento do problema no interior. Os responsáveis pela pesquisa chegam a comparar o fenômeno como epidemia e, tal qual, criticam os sub-registros e a dificuldade de informações precisas.

O registro de queixas à polícia sobre diversas formas de violência é limitado. Nos casos de violência física, só 6,4% dos jovens denunciaram-na à polícia; nas situações de assalto/furto, só 4% e nos casos de violência no trânsito, só 15%.

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