A noite desta quarta-feira será histórica para o Corinthians. Disputando pela primeira vez uma final de Taça Libertadores da América, o time paulista viaja para encarar o Boca Juniors (ARG), às 21h50 no estádio La Bombonera, em Buenos Aires. A equipe brasileira ganhou força para esta decisão, após vencer o Santos, atual campeão da competição na semifinal. Já o time argentino tenta chegar ao seu sétimo título, com isso, igualando a marca do rival Independiente.

Corinthians e Boca se enfrentaram em toda história 11 vezes. O time brasileiro venceu apenas três oportunidades já o time argentino triunfou cinco vezes e empataram em outra três oportunidades. Em Libertadores aconteceu o encontro em 1991, quando o Boca venceu na Argentina por 3 a 1 e no Morumbi empatou por 1 a 1.

As campanhas das equipes nesta edição da Taça Libertadores da América são as seguintes: na primeira fase o Corinthians venceu quatro jogos e empatou dois. Depois nas oitavas passou pelo Emelec (EQU), nas quartas o Vasco e na semifinal o rival Santos. Já o Boca na primeira fase também venceu quatro partidas, perdeu uma e empatando outra. Nas oitavas enfrentou o Unión Española, nas quartas o Fluminense e as semifinal a Universidad de Chile.

O técnico Tite, do Corinthians, usará o que tem de melhor para a final: a marcação. Essa foi a grande característica deste time com a chegada do treinador e agora tem pela frente uma equipe acostumada a jogar decisões. Além disso, deste atual grupo do time argentino o cérebro é o meia Riquelme, astro dessa equipe e camisa 10. E Tite sabe que deverá ter uma marcação especial. “A bola não pode chegar. Impedir que a bola chegue a ele é um aspecto. Ele é como o Ganso, um jogador do passe, da luz, de deixar alguém na cara do gol. Joga num setor importante do campo”, disse o comandante.

O volante Paulinho um dos destaques deste time paulista, sabe o que uma conquista representa para cada atleta. “O título é muito importante para nós. Não dá para dizer a dimensão. Vamos marcar história no Corinthians. São 102 anos em busca e agora temos tudo nas mãos. Nós não queremos parar essa história aqui. Serão duas guerras”, admitiu o camisa 8, autor de três gols na competição.

Para a partida Tite confirma o retorno do atacante Emerson Sheik, que cumpriu suspensão contra o Santos no Pacaembu, no lugar de Willian. O atacante também falou dessa decisão. “É tudo que a gente imaginava no início da competição: estar disputando a final da Libertadores e levar para São Paulo o título que o Corinthians não tem com todo sua bela história no futebol. É o momento que toda criança sonha”, disse o camisa 11, autor de três gols.

O Boca Juniors se concentra em seu grande maestro Riquelme. O meia quer conquistar o seu quarto título continental, uma vez que já levantou esse troféu em 2000, 2001 e 2007. Desses canecos obtidos, dois foram em cima de equipes brasileiras: Palmeiras e Grêmio. O técnico do Boca, Julio César Falcioni, escalará o mesmo time que empatou com o a Universidad de Chile. Já que no último fim de semana escalou um time reserva que enfrentou o All Boys.

E o comandante, que demonstrou conhecer o seu oponente, valorizou a decisão. “O Corinthians tem feito uma boa Libertadores e, assim como o Boca, merece estar na final. É uma equipe rápida, compacta, muito bem armada. Temos jogadores experientes, mas vamos precisar fazer nosso melhor para conquistar o título. Conhecemos o Corinthians e nossos jogadores estão bem preparados”, finalizou o treinador.

Ficha técnica

Boca Juniors (ARG): Orion; Roncaglia, Schiavi, Caruzzo e Clemente Rodríguez; Ledesma, Somoza, Erviti e Riquelme; Mouche e Silva.
Técnico: Julio César Falcioni.

Corinthians: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex; Jorge Henrique e Emerson.
Técnico: Tite.

Árbitro: Enrique Ósses (CHI);
Assistentes: Francisco Mondria (CHI) e Carlos Astroza (CHI);
Quarto árbitro: Patricio Polic (CHI);
Local: Estádio La Bombonera, em Buenos Aires (ARG);
Data e horário: Dia 27 de junho (quarta-feira), às 21h50.

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