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Copom: aumento da inflação impede queda dos juros

Stênio Ribeiro/ABr - 29 de julho de 2004 - 09:43

A inflação, tanto dos preços monitorados quanto dos livres, em junho, foi a mais alta para esse mês nos últimos anos. No caso dos monitorados a pressão maior foi por causa do aumento do preço da gasolina. Esses fatos impediram o Comitê de Política Monetária (Copom) de retomar o processo de flexibilização monetária, em sua reunião da semana passada.

É o que revela a ata da reunião do Comitê realizada nos últimos dias 20 e 21, que cita a inflação acumulada de 3,77% dos preços livres no primeiro semestre, o que projeta aumento anualizado de 7,69% - acima da meta de 5,5% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano.

Além disso, a ata menciona que a elevação das estimativas dos preços de energia elétrica e de telefonia fez o Banco Central aumentar a projeção de inflação dos preços monitorados de 7,7%, em junho, para os atuais 8,3%, apesar de manter a projeção de 9,5% para os reajustes acumulados da gasolina e da pequena redução no aumento dos preços do gás de cozinha, de 6,9% para 6,8%.

Com base nesse cenário e a partir da hipótese de manutenção dos juros básicos em 16% ao ano e da taxa de câmbio de R$ 3,00, no final do ano, a ata do Copom menciona que as projeções de inflação "estão acima" da meta de 5,5% para 2004 e "ligeiramente acima" também da meta de 4,5%, no ano que vem.

Esses fatos levaram a diretoria do BC a manter a taxa básica de juros (Selic) em 16% ao ano - mesmo patamar desde a reunião de abril . Apesar da "piora do quadro inflacionário", a ata diz que "não há razões para que as expectativas de crescimento econômico sejam revistas".

Acrescenta, ainda, que "agindo com a cautela recomendada nesse tipo de situação, a política monetária atua no sentido de preservar o crescimento sustentado no médio prazo, promovendo a necessária compatibilização do ritmo de expansão da demanda agregada com a ampliação da capacidade produtiva da economia".

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