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Copo do Fuleco causou incidente de injúria racial em creche de Cassilândia

Bruna Girotto - 22 de setembro de 2014 - 14:34

Copo que motivou a injúria racial entre funcionária de creche e mãe de aluno. (Foto: Hermezes Cortez)
Copo que motivou a injúria racial entre funcionária de creche e mãe de aluno. (Foto: Hermezes Cortez)

A mulher que diz ter sido vítima de injúria racial por parte de uma funcionária de uma creche de Cassilândia, concedeu entrevista ao programa Rotativa no Ar hoje (22/09).

Ela informou ao repórter Hermezes que há três meses seu filho levou um copo personalizado do Fuleco (da foto ao lado) para o colégio. "Ele disse que uma tia falou para ele que ele levava o copo para dar trabalho", disse a mulher.

Um dia a criança esqueceu o copo na escola. E a mãe voltou com seu filho para pegar o objeto. Quando foi pegar, a mulher teria apertado a mão da criança e dito: "A tia falou pra você que estava levando esse copo para cá, para dar trabalho".

A mãe do aluno conversou com a diretora, sem citar o nome da funcionário, se não podia levar o copo e o assunto ficou resolvido naquela época.

Quarta-feira passada, a mãe do aluno e sua amiga estavam indo a um supermercado, quando uma senhora passou por elas e falou: 'Ô nega safada'!

A amiga perguntou a senhora se ela teria dito aquilo para elas. A senhora teria respondido: "Para você não, foi pra essa nega safada, vagabunda, sem vergonha".

A mãe do aluno perguntou: "Por que a senhora está falando isso?" A funcionária da creche respondeu: "Eu te fiz um favor de pegar o copo para o seu filho, e você foi fazer um inferno para diretora, foi falar pra diretora que eu estava tratando mal o seu filho".

A mãe da criança disse que tinha consciência que não fez nada para ela. Porém a funcionária revidou: "você é uma nega a toa e muito safada".

A vítima da injúria respondeu: "Você nem me conhece". E a funcionária teria dito: "Eu sou louca, você sabe? Se você for [na delegacia], não sabe o que sou capaz de fazer com o seu filho".

Ela foi à casa da diretora, que disse para ela procurar a delegacia. No outro dia, a vítima foi à delegacia registrar o boletim de ocorrência e foi à Secretaria de Educação. 

A vítima disse que a Secretária de Educação lhe atendeu muito bem e ficou de conversar com a funcionária da creche. "Na sexta ela [secretária de Educação] disse que tinha tido uma conversa com essa senhora [funcionária da creche], que eu podia levar meu filho na escola, com segurança, que não aconteceria nada com ele", comentou a mãe do aluno.

Porém, ela disse que para esta creche seu filho não voltará mais: "Se ela esperou passar 3 meses para me xingar sobre um fato ocorrido, eu não sei o que ela pode fazer com o meu filho", questinonou.

"Se ela falou pra mim que é louca, quem é louca pode fazer qualquer coisa. Meu filho é a única coisa que eu tenho na vida. Eu não vou deixar ele ir para ela fazer alguma coisa. Às vezes, ela falou da boca pra fora, no momento de raiva, mas quem pode garantir? A diretora disse que nada irá aconteccer com ele na presença dela. Mas ela não estará o tempo todo lá, então quem pode garantir? Eu vou ter de tirar ele da creche, que é perto de casa, para levar a um lugar mais longe", finalizou.

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