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Convidados questionam eficiência do método apnéia
O método apnéia, usado para declarar a morte encefálica, é o foco dos debates desta tarde na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Órgãos. Foram convidados para falar sobre o assunto o advogado Celso Galli Coimbra e os neurologistas Cícero Galli Coimbra e Luís Alcides Manreza. "O teste de apnéia, que consiste em desligar por dez minutos os aparelhos de suporte à respiração de pacientes em coma, é apontado por pesquisadores do Brasil e do exterior como capaz de causar a morte em vez de diagnosticá-la", denuncia o presidente da CPI, deputado Neucimar Fraga (PL-ES).
Prova final
Celso e Cícero Galli Coimbra estudam o assunto desde 1986. Fraga explica que os irmãos Galli teriam chegado ao ponto de resolução fina, "que é a prova final do erro declaratório da morte encefálica". Cícero e Celso Galli são contra a apnéia como exame comprobatório de morte encefálica. O procedimento, no entanto, tem base legal na Resolução 1480/97, de autoria do neurologista Luís Alcides Manreza.
Reportagem - Natalia Doederlein
Edição - Simone Ravazzolli