A tuberculose como prioridade da Política de Saúde do Governo Federal. É dessa forma que o Ministério da Saúde e a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) encaram essa doença, que provoca, no Brasil, cerca de 6 mil mortes por ano. Nos últimos anos, a média de detecção no País foi de 85 mil novos casos. Os esforços para contê-la integram o Plano Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), que, entre outros pontos, determina a avaliação do desempenho das ações de controle, em todo o território nacional.

Para isso, são realizadas oficinas de monitoramento e avaliação do PNCT, com nova edição nesta quinta-feira (26/08), em Salvador (BA). Além da análise da enfermidade nos estados e municípios da região Nordeste, o encontro traça proposições para seu posterior combate. A Bahia notificou 8.203 casos de tuberculose em 2002, ou 30% do total do Nordeste – 27.303.

O público-alvo das oficinas são os secretários estaduais e municipais de saúde, coordenadores do programa de controle da tuberculose, diretores dos laboratórios de saúde pública, entre outros.

A tuberculose é uma doença grave, transmitida pelo paciente quando ele fala, espirra ou tosse, por meio das gotas de secreção respiratória que se propagam pelo ar. Causada por um microorganismo, o bacilo de Koch, cientificamente chamado Mycobacterium tuberculosis, a enfermidade pode atingir todos os órgãos do corpo, em especial nos pulmões.

Para conter seu avanço no Brasil, o Ministério da Saúde está fazendo o maior investimento no Programa de Controle da Tuberculose (PCT) dos últimos dez anos. Até 2007, serão aplicados R$ 119,5 milhões.

Para reafirmar a posição brasileira, o ministro da Saúde, Humberto Costa, participou, em Nova Delhi, na Índia, do II Fórum Mundial do Programa Stop TB, movimento global para acelerar ações sociais e políticas para o controle da doença no mundo. Além do Brasil, participaram da reunião, entre os dias 24 e 26 de março deste ano, outros 21 países. Juntas, essas nações concentram 80% dos casos de tuberculose do planeta.



Objetivos - Os objetivos do programa Stop TB são: até 2005, descobrir, no mínimo, 70% dos casos estimados de tuberculose e curar pelos menos 85% destes; até 2010, reduzir em 50% as mortes e a prevalência da doença; e, até 2050, reduzir a incidência da doença para menos de um caso por milhão de habitantes no mundo.

Atualmente, o Brasil apresenta 70% de índice de cura dos casos tratados e cerca de 12% de abandono do tratamento. Aproximadamente, 8% dos pacientes com tuberculose também têm Aids.

Com os R$ 119,5 milhões, será possível aprimorar o Programa de Controle da Tuberculose no Brasil. Entre as prioridades estão: a expansão da cobertura; a capacitação de profissionais de saúde para diagnóstico, tratamento e vigilância epidemiológica da doença; a integração das informações com o Programa Nacional de HIV/Aids; a aquisição de equipamentos para os laboratórios; e a garantia de transporte e alimentação para os acometidos em tratamento.