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Contribuição maior à Cassems divide servidores de MS

Marta Ferreira / Campo Grande News - 10 de dezembro de 2004 - 12:56

A proposta de aumentar em 100% a contribuição à Cassems (Caixa de Assistência aos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul), o plano de saúde dos servidores estaduais, está dividindo a categoria. Parte apóia, aceitando o argumento de que só assim a Caixa poderá arcar com o aumento no valor pago aos médicos, e uma outra rejeita a idéia de ampliar a contribuição, por considerar que o acréscimo proposto é alto demais. Por enquanto, o que está sendo proposto é que, em vez dos atuais 3%, passe a ser descontando de cada servidor 6%. Com isso, a Cassems diz que conseguirá bancar o reajuste aos médicos, cujo valor recebido por consulta deve subir dos atuais R$ 25,00 para R$ 34,00, 74% a mais.
Os associados vão ser consultados no dia 21 deste mês sobre a proposta, que só pode ser aprovada em assembléia. Antes da reunião, porém, várias propostas alternativas estão surgindo. A discussão ganhou tom mais polêmico ainda depois que o governo anunciou o reajuste dos servidores, para o próximo ano. Com salários maiores, a receita da Cassems vai automaticamente crescer, o que eliminaria a necessidade de dobrar a contribuição, como defende o representante dos servidores no conselho que administra a Caixa, Alexandre Costa. Secretário de comunicação do Sindicato dos Servidores em Saúde, Costa defende também que o a contribuição que o governo dá. Hoje, ela é igual à do servidor, de 3%. Para Alexandre Costa, se vigorar a alta, o percentual de 3% deveria ser dividido entre Estado e servidores, cada um com 1,5% a mais. Assim, cada um pagaria 4,5%. O sindicalista defende que seja feito uma nova análise da necessidade de ampliação do percentual de contribuição.
Outro sindicalista, o presidente do Sindate (Sindicato dos Agentes Tributários), Antônio Independente, diz que a categoria é contra o aumento.O impacto seria muito alto, afirma. Conforme Independente, a contribuição média de um servidor do fisco à Cassems passa de R$ 140,00. Iria para quase R$ 300,00. “Nós entendemos que a Cassems tem problemas, mas dobrar a contribuição está muito aquém do que os servidores podem pagar”. No site do sindicato, uma consulta feita aos freqüentadores aponta que 78% são contra o pagamento maior à Cassems.
Embora a assembléia esteja marcada para o dia 21, o presidente do Conselho, Lauro César Davi, está se reunindo com categorias em separado para explicar o porquê da proposta. Ontem, a conversa foi com os servidores do fisco. Hoje cedo, com os professores, na ACP (Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Público) de Campo Grande. Para um público de cerca de 50 pessoas, Lauro Davi disse que a Cassems precisa ampliar a receita porque a atual recolhimento de R$ 3 milhões não vai ser suficiente para cobrir o reajuste que os médicos estão cobrando. Com o reajuste, a expectativa é que o valor pago aos profissionais ultrapasse os R$ 4 milhões. A Cassems, segundo o presidente do Conselho justificou, precisa ainda ter recursos no fundo de reserva, como prevêem as regras do setor. Foi com dinheiro do fundo, segundo alegou, que foi adquirido o hospital Matter Dei de Dourados, e construídas sedes em municípios do interior. A contribuição média hoje na Cassems é de R$ 32, 55. São cerca de 150 mil usuários, considerando os servidores e os dependentes.

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