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Contra matemática e Azulão, Peixe quer enfim vencer fora

Gazeta Esportiva - 16 de março de 2008 - 05:41

A vitória sofrida sobre o Mirassol renovou as esperanças dos santistas em alcançar a classificação às semifinais do Campeonato Paulista. A preocupação já não é mais com a improbabilidade matemática do feito, mas em finalmente vencer fora de casa em 2008. A começar por este domingo, contra o São Caetano, no estádio Bruno José Daniel.

Segundo o matemático Tristão Garcia, no entanto, as chances de o Santos atingir seu objetivo são de apenas 3%, mesmo porcentual atribuído ao Azulão, um ponto atrás do Peixe. Curioso que o Mirassol, derrotado pelo time de Emerson Leão na rodada passada e também com 20 pontos, aparece com 8% de possibilidades. O técnico pouco se importa com os números.

“Os matemáticos têm até certa dose de razão, mas é fácil prever dessa maneira. É como quando falam que a temperatura vai variar de 20 a 35 graus. Até o cego adivinha, percebendo apenas a umidade do ar”, ironizou. “Às vezes, pregamos peças nas pessoas que não acreditam. Os matemáticos fazem uma lógica, mas ela nem sempre dá certo. Veja na Bahia, que até estádio caiu.”

As contas de Leão também são simples. “Se conseguirmos cinco vitórias nas cinco partidas que restam, não precisaremos nos preocupar com ninguém. Isso é importantíssimo. É a melhor notícia que recebi”, sorriu o treinador, ciente de que a missão pode não ser impossível, mas também não é fácil. “Teremos que vencer fora de casa, o que ainda não conseguimos”, lembrou.

As sete vitórias conquistadas pelo Santos em 2008 aconteceram na Vila Belmiro. Autor de um gol na última delas, o volante Marcinho Guerreiro coçou a cabeça ao comentar o assunto. “É difícil explicar por que a gente ainda não conseguiu se encontrar fora de casa. Mas precisamos disso para chegar à classificação. Se tivéssemos obtido mais pontos fora, talvez estivéssemos mais perto”, lamentou.

Para acabar com a sina neste domingo, Leão contará com o reforço do volante Rodrigo Souto, que viu frustrada sua transferência para o Lokomotiv, da Rússia. “Vamos tentar fazer esse fato novo negativo virar algo positivo”, consolou o comandante. Souto deverá ficar com a vaga no meio-campo de Adoniran, provável substituto de Dionísio na lateral direita.

Quem também retornará à equipe, no lugar de Paulo Henrique, é o atacante Wesley, suspenso na rodada passada. No ataque, o chileno Sebastián Pinto corre o risco de perder posição para Renatinho, elogiado por Leão contra o Mirassol. “Ainda falta um pouco de tudo para o Sebastián: adaptação, tranqüilidade e vivência no futebol brasileiro”, constatou o treinador.

As expectativas dos torcedores em Santo André também recairão sobre o desempenho do lateral-esquerdo Kléber, que, recuperado de cirurgia no abdômen, negou ser “chinelinho” depois da vitória sobre o Mirassol e prometeu melhorar contra o São Caetano. “Você vê que, em alguns momentos, ele poderia ser mais rápido com a explosão, o que vai acontecer nos próximos jogos. A técnica dele pode fazer a diferença”, apostou Leão.

Também sonhando com a difícil classificação, o São Caetano conta com a evolução de sua defesa para barrar Kléber e seus companheiros. Depois de sofrer goleada por 6 a 1 do Grêmio Barueri, o Azulão só foi vazado uma vez nos três últimos jogos. No anterior, venceu pela primeira vez sob o comando de Pintado, 1 a 0 em cima do Marília. “Estou muito contente com a gana do grupo. O espírito é outro”, aprovou o técnico.

FICHA TÉCNICA
SÃO CAETANO X SANTOS

Local: Estádio Bruno José Daniel, em Santo André (SP)
Data: 16 de março de 2008, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Marco Antônio de Oliveira Sá
Assistentes: Vicente Romano Neto e Matheus Camolesi

SÃO CAETANO: Júlio César; Neto, Aderaldo e Tobi; Rogério, Galiardo, Hernani, Douglas e Andrézinho; Luan e Tico
Técnico: Pintado

SANTOS: Fábio Costa; Adoniran, Betão, Domingos e Kléber; Marcinho Guerreiro, Rodrigo Souto e Molina; Wesley, Sebastián Pinto (Renatinho) e Kléber Pereira
Técnico: Emerson Leão

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