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Contra infestação de pombos, até cola é usada como alternativa

Campo Grande News - 18 de maio de 2014 - 12:40

Os pombos urbanos são considerados “ratos com asas” por transmitir várias doenças, no entanto quem envenenar, capturar ou for flagrado alimentando as aves pode pagar multa que varia de R$ 100 a 5 mil. De acordo com a Sesau (Secretária Municipal de Saúde), no ano passado pelo menos 10 pessoas foram autuadas por crime ambiental dessa natureza. Mas então, o que fazer para afastar colônias de pombos das casas, empresas e supermercados?

A bióloga e chefe do Serviço de Controle de Roedores, Animais Peçonhentos e Sinantrópicos do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), Sílvia Barbosa do Carmo, explica que a primeira coisa é não alimentar essas aves.

Elas acham alimento, água e moradia de forma muito fácil e, o pior de tudo, é que não tem predadores para diminuir a superpopulação das colônias, o que torna mais difícil o controle delas. Essas condições, também, são primordiais para instalação, manutenção e proliferação do bicho.

Outra coisa, explica a bióloga, é o lixo que a maioria das pessoas descarta de forma incorreta e as galinhas criadas em áreas urbanas. Esta última atrai os pombos e os flebótomos - transmissor da leishmaniose. “Nós orientamos a população a fazer o manejo dos pombos sem cometer crime ambiental”, diz.

As aves gostam de fazer ninhos em caixas de ar condicionado, telhados e forros. Para evitar, a pessoa deve utilizar telas, grades e cortinas para vedar os vãos e as beiradas do telhado. “Outro coisa que espanta os pombos são cortinas e bonecos de ar”, destaca a bióloga.

No ramo de dedetização há 27 anos, Zuleica Bandeira, usa a criatividade para espantar as aves. A empresa dela trabalha com um gel, parecido com cola, que se colocado de maneira correta em pontos estratégicos ajuda a espantar os pombos. “A cola gruda nas patas e elas não voltam mais porque ficam incomodadas”, afirma. O serviço, que dura por pelo menos 4 meses, custa a partir de R$ 250, dependendo do tamanho do imóvel.

Zuleica diz ainda que, antes de colocar o gel, um técnico da empresa vai ao local para avaliar se só utilizando o produto vai ser suficiente. Em alguns casos, é preciso colocar telas nos vãos para vedar espaços em estruturas metálicas e locais com sombras. Outra recomendação é não deixar ração de cachorro no quintal e colocar o lixo no local adequado.

Conforme a bióloga, Neiva Guedes, como toda a espécie o pombo também tem importância para a natureza, no entanto, é preciso controlar a população. Quando uma ave é alimentada, ela deixa de exercer sua função, que é de controlar insetos e replantar as sementes das plantas que comem.

Doenças - As fezes delas contêm fungos e bactérias e, depois de secas, liberam partículas que, se respiradas pelo homem, podem transmitir diversas doenças, como meningite e alergias.

Por isso, a orientação da bióloga Sílvia é não deixar as fezes acumular e, na hora de retirá-las, proteger o nariz e a boca com uma máscara e depois fazer a limpeza com água sanitária.

As fezes por serem ácidas estragam, também, madeiras, vigas de telhado, forros, tintas de paredes e de carro. As penas entopem as calhas e a água acumulada atrai o mosquito da dengue. Para quem gosta das aves, Sílvia alerta, que alimentá-las também é crime ambiental.

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