O aumento do nível de emprego em todo o país continua refletindo positivamente sobre o resultado da Previdência Social que, em novembro, apresentou recorde histórico nas receitas correntes chegando a R$ 7,79 bilhões. No mês passado, verificou-se também a terceira melhor arrecadação líquida do ano, totalizando R$ 7,68 bilhões, ficando abaixo apenas do de junho, que foi de R$ 8 bilhões, por conta da recuperação de créditos, e de outubro, que foi de R$ 7,79 bilhões, no auge da recuperação do mercado de trabalho.

Esses bons resultados não levam em consideração os meses de dezembro em que a arrecadação praticamente dobra por conta do pagamento do 13º salário. Entre as receitas correntes, destaca-se a evolução positiva das receitas vinculadas às empresas em geral e as optantes do SIMPLES, que somadas responderam por cerca de 77,5% da arrecadação líquida de novembro.

A necessidade de financiamento da Previdência no mês passado apresentou uma queda de 4,1%. Esse resultado, apesar da arrecadação líquida no mês passado ter sido menor do que a de outubro em R$ 112 milhões, foi devido, principalmente, à redução quase total dos pagamentos de sentenças judiciais. Em outubro, esses pagamentos totalizaram R$ 391,9 milhões e em novembro foram apenas de R$ 1 mil.

As despesas previdenciárias em novembro totalizaram R$ 10,14 bilhões, o que gerou uma necessidade de financiamento de 2,46 bilhões. A recuperação de créditos que em outubro foi um dos fatores responsáveis pela redução da necessidade de financiamento da Previdência, no mês passado apresentou uma queda de 18,5% com R$ 488 milhões contra R$ 599 milhões no mês anterior.

(Maurício Athayde)