De janeiro a julho, 875 mil casas passaram a ter energia elétrica no país, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Com isso, o consumo residencial de energia elétrica subiu 5,2% nos sete primeiros meses deste ano.

Hoje, em todo o Brasil, existem 47,7 milhões de casas com energia elétrica, cujo consumo médio aumentou 1,6% no acumulado de 2005 até julho. Para o presidente da da EPE, Maurício Tolmasquim, isso significa que "hoje, se consome por residência 146 kilowatts/hora por mês, o que é muito pouco, se considerar a conta da classe média, em geral, que é de 400 a 500 kilowatts/mês". Explicou, contudo, que esse não é um parâmetro ou meta ideal de consumo, uma vez que a classe média da população apresenta muito desperdício de energia.

O presidente da EPE analisou que o consumo de energia elétrica residencial "cresceu relativamente bem em relação ao ano passado". Um fato que explica essa elevação é o efeito climático, informou, acrescentando que as temperaturas foram mais altas e ocorreu menos chuvas em algumas regiões. "Para ter uma idéia, as temperaturas de pico ficaram dois graus acima da média", disse Tolmasquim. Isso gerou um maior uso de aparelhos de ar condicionado entre janeiro e julho.

O maior crescimento do consumo residencial foi observado na região Nordeste: mais 8,4%, enquanto no sistema Sudeste e Centro Oeste, a alta observada foi de 4,7%, revelou Tolmasquim.