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Conselho de Medicina aponta excesso de cursos no Brasil

Agência Câmara - 23 de agosto de 2007 - 14:38

O vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz Dávila, aponta excessos na abertura de cursos de medicina no Brasil na última década. Ele informou que nesse período o número de cursos aumentou de 80 para 169. Ele cita países maiores, como Estados Unidos e China, que têm menos escolas que o Brasil. Segundo ele, há nos EUA, 125 escolas desse tipo, e 150 na China. "As faculdades brasileiras fizeram da saúde um comércio", criticou.

O diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Cidade de São Paulo, José Lúcio Martins Machado, lembrou, no entanto, que não há evidências científicas de que os cursos criados nos últimos 10 anos sejam piores do que os criados nos últimos 30, nem de que sejam orientados por interesses mais mercantilistas. Machado também disse que a falta de hospitais-escola não é um problema apenas dos cursos recentes e lembrou que as faculdades sempre fizeram convênio com hospitais para os alunos terem a experiência prática.

Formação
Roberto Dávila informou aos parlamentares que o conselho cassa o diploma de dois a três médicos por mês, numa demonstração do rigor do órgão. Ele afirmou, no entanto, que os novos cursos se preocupam mais com a formação técnica do que com a formação ética dos médicos.

Questionado sobre a criação de exame de ordem para médicos, a exemplo do que existe para advogados, Dávila disse que é contra a criação desse exame. O médico argumentou que é melhor fiscalizar a formação de alunos do que o profissional já formado. Ele acredita que o médico que for reprovado nesse exame pode vir a praticar a medicina ilegalmente, especialmente no interior do País.

A criação de novos cursos de medicina, de exame de ordem para médicos foi discutida nesta manhã em audiência pública promovida pela Comissão de Educação e Cultura. O debate já foi encerrado.

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