O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar reúne-se nesta quarta-feira (10) para avaliar o processo do PSC contra o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ). Os parlamentares do colegiado vão sortear entre três deputados o relator do processo.

Para o PSC, é incompatível com o decoro parlamentar o texto divulgado por Jean Wyllys no dia 12 de junho, em seu perfil no Facebook, em que ele teria associado os nomes dos deputados Eduardo Bolsonaro (SP), Jair Bolsonaro (RJ) e Pr. Marco Feliciano (SP) – todos do PSC – ao atentado que resultou na morte de 50 pessoas em uma boate gay em Orlando, nos Estados Unidos.

Processos do PT
Também serão sorteados os relatores dos processos apresentados pelo PT contra os deputados Wladimir Costa (SD-PA) e contra Laerte Bessa (PR-DF).

Quanto ao deputado Wladimir Costa, o PT alega que ele quebrou o decoro parlamentar ao ofender o partido e seus filiados em reunião do Conselho de Ética. O processo cita declarações do parlamentar, como as seguintes: “ O PT é um partido indecente. É um partido da vergonha. Acredito que 99,99% dos petistas são bandidos da pior periculosidade”, afirmou Wladimir Costa durante reunião de votação do processo contra o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Já contra Laerte Bessa, o partido argumenta que o parlamentar proferiu em discurso no Plenário da Câmara, ofensas não apenas contra o partido, mas também contra a presidente afastada Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e filiados do partido. O processo cita a seguinte declaração de Bessa: “Quero dizer para V.Exas. que não sou corrupto e não sou ladrão. E tenho liberdade para chamar os petistas, em sua grande maioria – é claro que há algumas ressalvas, aqui nesta Casa há ressalvas -, de ladrões. Os petistas têm que sair do País, juntamente com a vagabunda da Dilma e seu amigo Lula.”

Os parlamentares que assinam a representação contra Bessa reclamam ainda que a declaração consiste em atitude intolerável no âmbito de uma Casa Parlamentar, porque ofende todas as mulheres, na figura da presidente Dilma Rousseff.

A reunião está marcada para as 14h30, no plenário 11.