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Geral

Conhecimento sobre o glaucoma é insuficiente

Agência Notisa - 29 de janeiro de 2005 - 08:07

O glaucoma é uma doença ocular caracterizada por uma lesão no nervo óptico e por perda da capacidade visual. Sabe-se que cerca da metade dos casos de glaucoma existentes no mundo podem ser prevenidos. Para isso, é fundamental que haja comprometimento do paciente com o tratamento. Sua participação, entretanto, vai ser influenciada, em grande parte, pelo seu conhecimento a respeito da doença. O problema é que esse conhecimento geralmente é inadequado. Essa é a conclusão de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal de São Paulo.

De acordo com artigo publicado na edição de setembro/outubro de 2004 dos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, “o desconhecimento sobre a doença e a elaboração de idéias falsas tendem a gerar ausência de participação do paciente no tratamento, agravando o prognóstico visual”. No estudo, foram entrevistados 405 pacientes, atendidos no ambulatório do Setor de Glaucoma do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE). O objetivo foi verificar a auto-avaliação dos participantes sobre seu conhecimento a respeito da doença. A maioria era do sexo feminino, possui idade média foi de 66 anos e havia cursado até o ensino fundamental.

Segundo os pesquisadores, a maior parte dos entrevistados informou ter um conhecimento médio sobre o glaucoma, sendo que os que disseram estar mais bem informados foram exatamente os que possuíam maior nível de escolaridade. A equipe constatou também que aqueles que disseram possuir maior nível de conhecimento sobre a doença, relataram ter recebido mais orientações médicas do que o restante.

De uma forma geral, no entanto, os pesquisadores observaram uma insuficiência de conhecimentos em relação ao glaucoma, às formas de prevenção e ao tratamento, o que sugere, segundo eles, a necessidade de ações educativas que visem à divulgação de conhecimentos relativos à doença, entre os pacientes e a população em geral, como forma de prevenção da perda visual. “O esforço preventivo é amplamente justificado uma vez que a orientação correta configura-se em medida de prevenção de cegueira e de transtornos visuais. Ressalta-se que a cegueira e a incapacidade visual acarretam conseqüências sociais, psicológicas e econômicas adversas para o indivíduo e para a sociedade”, lembram no artigo.

Agência Notisa (jornalismo científico - science journalism)

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