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Conheça as causas, os sintomas e tratamentos da depressão

Correio do Estado - 14 de janeiro de 2019 - 10:40

A depressão é um dos problemas de saúde mental mais comuns no mundo e acompanha a humanidade por toda a sua história. Considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o "Mal do Século", é um distúrbio afetivo que afeta o emocional da pessoa, que passa a apresentar tristeza profunda, falta de apetite, de ânimo e perda de interesse generalizado.

No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa auto-estima, que aparecem com freqüência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado.

A doença provoca ainda ausência de prazer em coisas que antes faziam bem e grande oscilação de humor e pensamentos, que podem culminar em comportamentos e atos suicidas. O tratamento é feito com auxílio médico profissional, por meio de medicamentos, e acompanhamento terapêutico conforme cada caso. O apoio da família é fundamental.

Está presente na literatura médica e científica mundial que a depressão também incita alterações fisiológicas no corpo, sendo porta de entrada para outras doenças. Pessoas acometidas por depressão podem, além da sensação de infelicidade crônica e prostração, apresentar baixas no sistema de imunidade e maiores episódios de problemas inflamatórios e infecciosos. A depressão, dependendo da gravidade, pode desencadear, também, doenças cardiovasculares, como enfarto, AVC e hipertensão.

O que causa depressão?

A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos. Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais muitas vezes são conseqüência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo apresentam o problema em algum momento da vida.

Diferença entre tristeza e depressão

Tristeza tem motivo. A pessoa sabe que está triste.
A depressão é uma tristeza profunda e muitas vezes sem conteúdo, sem motivo aparente. Mesmo se algo maravilhoso acontecer ou estiver acontecendo, a pessoa continuará triste.
A pessoa triste pode ter sintomas no corpo, como sentir aperto no perito, taquicardia, chorar.
A pessoa deprimida tem pensamentos suicidas.
Quem está triste costuma ter pensamentos repetitivos sobre a razão da tristeza.
Quando deprimida, a pessoa sente, pelo menos, duas semanas de uma tristeza profunda e contínua.

Sintomas da depressão

Atualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde, a depressão é uma das principais causas de incapacitação. Pode ter motivos evidentes ou não e possui diversos sinais e sintomas, que podem ser isolados ou somatizados.

humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia;

desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;

diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis;

desinteresse, falta de motivação e apatia;

falta de vontade e indecisão;

sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio;

pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa auto-estima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte. A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou até mesmo tentar suicídio;

interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom “cinzento” para si, os outros e seu mundo;

dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;

diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido;

perda ou aumento do apetite e do peso;

insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário . habitual) ou, menos freqüentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo);

dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarréia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.

O que jamais dizer para pessoas que estão em depressão

Você está exagerando, não é tal mal assim.

Todos temos problemas, você precisa reagir.

Sei o que você está passando, já me senti assim também.

Você precisa tomar o controle da situação e melhorar de uma vez.

Melhorar depende apenas de você. Basta querer.

Reaja! A vida continua.

Você está sendo egoísta.

O que deve ser dito para pessoas em depressão

Estou aqui para o que precisar.

Você não está sozinho(a).

Não é culpa sua.

O que eu posso fazer por você?

Está precisando de algo?

Vamos conversar?

Em que você está pensando?

Eu te amo.

Muitas vezes o silêncio também é fundamental.

Seja sempre presente e jamais cobre nada da pessoa.

Fatores de risco para desenvolvimento da depressão
A depressão é um transtorno psiquiátrico que pode atingir pessoas de qualquer faixa etária e qualquer sexo. Sabe-se que o desânimo e os demais sintomas da doença são provocados por desequilíbrios cerebrais, com a diminuição de neurotransmissores como a serotonina, hormônio ligado à sensação de prazer e bem-estar.

Existem alguns fatores de risco que podem auxiliar no desenvolvimento da depressão.

Histórico familiar

Transtornos psiquiátricos correlatos

Estresse crônico

Ansiedade crônica

Disfunções hormonais

Excesso de peso

Sedentarismo e dieta desregrada

Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas)

Uso excessivo de internet e redes sociais

Traumas físicos ou psicológicos

Pancadas na cabeça

Problemas cardíacos

Separação conjugal

Enxaqueca crônica

Prevenção da depressão

A melhor forma de prevenir a depressão é cuidando da mente e do corpo, com alimentação saudável e prática de atividades físicas regulares. Saber lidar com o estresse e compartilhar os problemas com amigos ou familiares é outra alternativa, que pode ser aliada à prática de alguma atividade integrativa e complementar, como yoga, por exemplo.

Ajudam a prevenir a depressão leitura, aprender coisas novas, ter hobbies, viajar e se divertir. Essas práticas mantém a cabeça ativa e a ocupam com pensamentos positivos.

Na alimentação, receitas ou dietas recheadas de azeite de oliva, peixes, frutas, verduras e oleaginosas (nozes, castanhas etc) são o ideal para prevenir depressão. Esses produtos são ricos em nutrientes que protegem e conversam a rede de neurônios.

Diagnóstico da depressão

O diagnóstico da depressão é basicamente clínico e somente pode ser dado por um médico especialista, no caso o psiquiatra, que é responsável por tratar pessoas com transtornos mentais. Durante a consulta serão feitos alguns testes e questionários, que podem apontar para o distúrbio.

Nesse momento, o psiquiatra fará, também, outras observações, como histórico do paciente e familiares, e poderá pedir alguns exames laboratoriais específicos para se chegar ao diagnóstico. A depressão também pode estar associada a outros transtornos psiquiátricos e tem níveis de intensidade. Pode ser leve, moderada ou grave.

Cada caso é avaliado individualmente e cada paciente recebe um diagnóstico e é encaminhado para tratamento específico.

Tratamento - como vencer a depressão?

O tratamento da depressão é essencialmente medicamentoso. Existem mais de 30 antidepressivos disponíveis. Ao contrário do que alguns temem, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e provocam vício. A terapia é simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente. Alguns pacientes precisam de tratamento de manutenção ou preventivo, que pode levar anos ou a vida inteira, para evitar o aparecimento de novos episódios. A psicoterapia ajuda o paciente, mas não previne novos episódios, nem cura a depressão. A técnica auxilia na reestruturação psicológica do indivíduo, além de aumentar sua compreensão sobre o processo de depressão e na resolução de conflitos, o que diminui o impacto provocado pelo estresse.

A depressão não tem tempo para passar. Pode durar dias, semanas, meses ou anos. A pessoa em crise, após superar o transtorno mental, também pode, a qualquer momento, experimentar novos episódios da depressão. Na maioria das vezes, o tratamento para depressão é feito combinando psiquiatra e psicoterapia, por meio de psicólogos. Existem também medicamentos antidepressivos, que ajudam a regular a química cerebral e é aplicado conforme cada caso, de acordo com cada paciente.

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