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Congresso pode votar nesta terça-feira veto sobre multa extra do FGTS

Agência Câmara Notícias - 17 de setembro de 2013 - 09:03

A votação dos vetos da presidente Dilma Rousseff a projetos de lei e à Medida Provisória 610/13 é o destaque da sessão do Congresso marcada para as 19 horas desta terça-feira (17). A sessão do Congresso é conjunta entre a Câmara dos Deputados e o Senado. Para derrubar um veto, são necessários 257 votos de deputados e 41 de senadores.

O item mais polêmico é o veto total ao Projeto de Lei Complementar 200/12, que acaba com a multa adicional de 10% sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) do trabalhador demitido sem justa causa.

A presidente volta a se reunir com líderes da base aliada hoje para tratar do assunto. O governo argumenta que o montante arrecadado com esse adicional (em torno de R$ 3 bilhões) financia o programa Minha Casa, Minha Vida. Para o governo, a manutenção da multa também serve para evitar aumento de demissões.

Já a oposição quer derrubar o veto. Para o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), a multa gera sobrecarga a todos os empregadores do Brasil. "Nós vamos trabalhar fortemente para a derrubada desse veto da presidente”, disse.

Na reunião dos líderes da base com a presidente, o governo pode discutir uma alternativa apresentada pelo líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), de direcionar o dinheiro da multa para o trabalhador demitido quando este se aposentar. Cunha já apresentou o Projeto de Lei Complementar 306/13, que trata do tema.

Segundo o líder do PT, deputado José Guimarães (CE), outra opção seria a extinção gradual da multa, em um período de quatro anos. "O governo está discutindo uma alternativa, um caminho de diálogo com o Congresso. Tanto pode ser uma redução progressiva como pode ser um fundo que sirva para futuras aposentadorias dos trabalhadores com contas vinculadas ao FGTS”, declarou.

Dívidas renegociadas
A maior parte dos itens vetados refere-se à MP 610/13, transformada na Lei 12.844/13, e trata de renegociações de dívidas, principalmente rurais. Outros pontos vetados no projeto de lei de conversão da MP são a inclusão de novas empresas na desoneração da folha de pagamento e a transmissão por herança da licença de taxista. Este último tema já foi tratado no relatório da MP 615/13, aprovada no último dia 9.

Os parlamentares também vão analisar vetos da presidente Dilma à proposta que inclui servidores do IBGE entre os que desenvolvem atividades exclusivas de Estado; ao texto que anistia trabalhadores dos Correios que participaram de greves; e ao projeto que reconhece os papiloscopistas, profissionais das polícias federal e civil que identificam pessoas a partir de impressões digitais e reconstituições faciais, como peritos oficiais.

Estão na pauta, ainda, itens vetados no Estatuto da Juventude (Lei 12.852/13), como o que cria a meia passagem no transporte interestadual para estudantes entre 15 e 29 anos.

Plenário da Câmara
No Plenário da Câmara, as sessões ordinárias continuam trancadas pela urgência constitucional de três projetos de lei do Executivo. As matérias tratam do novo Código de Mineração (PLs 37/11 e 5807/13), da anistia de dívidas das Santas Casas de Misericórdia (PL 3471/12) e da criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural – Anater (PL 5740/13).

Crédito para municípios
Também consta da pauta das sessões ordinárias a Medida Provisória 624/13, que abre crédito extraordinário de R$ 1,64 bilhão, dos quais R$ 1,5 bilhão para reforçar o caixa dos municípios devido à diminuição dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Outros R$ 148 milhões serão usados para a subvenção econômica aos produtores independentes de cana-de-açúcar no Nordeste, beneficiados pela MP 615/13. Esse dinheiro foi realocado com o cancelamento de igual valor (R$ 148 milhões) do fundo do regime geral da Previdência Social.

A MP, entretanto, não tranca os trabalhos, pois seu prazo de trancamento vence apenas no dia 29 de setembro.

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