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Confirmada para amanhã a leitura do relatório da CPI

Luciana Vasconcelos - 28 de março de 2006 - 11:18

A leitura do relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios marcada para hoje, foi adiada para amanhã. O texto, que deverá ter mais de três mil páginas, está passando pelos ajustes finais.

O relator-adjunto, deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ), acredita que o relatório mostrará tudo o que foi comprovado nas investigações ao longo dos dez meses de trabalho da comissão. Após a leitura, o presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), acredita os parlamentares farão um pedido de vista coletivo para analisar o documento. Com isso, eles terão o prazo de cinco sessões do Plenário para ler o texto completo.

A CPI foi criada no dia 25 de maio para investigar as causas e conseqüências de denúncias de "atos delituosos" praticados por agentes públicos nos Correios. A origem foi a divulgação de um vídeo no qual o ex-funcionário da estatal Maurício Marinho aparece recebendo R$ 3 mil de propina de supostos empresários, com o objetivo de favorecer-lhes. No vídeo, Marinho detalha um esquema de corrupção que seria comandado pelo PTB e seu presidente da ocasião, Roberto Jefferson, então deputado pelo Rio de Janeiro.

Os trabalhos, porém, foram além dos Correios. O deputado Roberto Jefferson, envolvido nas denúncias, se defendeu atacando o governo e, em 6 de junho, falou sobre a existência de um esquema de pagamento de mesadas a parlamentares da base aliada em troca de apoio ao governo, o chamado "mensalão". E mencionou o nome de um empresário, Marcos Valério de Souza, que seria o responsável por operar o esquema junto com o ex-secretário de finanças do PT, Delúbio Soares.

Então, a CPI mista que começou investigando os Correios, abriu novas frentes de apuração. O documento tem mais de três mil páginas e traz informações sobre as diversas linhas de investigação abertas pela comissão.

São cinco sub-relatorias: de Fundos de Pensão, a cargo do deputado Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA); do Instituto de Resseguros do Brasil, do deputado Carlos William (PTC-MG); de Movimentação Financeira, do deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR); de Contratos, do deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) e de Normas de Combate à Corrupção, do deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS). Esta última é responsável por oferecer sugestões para o aperfeiçoamento do sistema eleitoral e do processo de licitações públicas.

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