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Confira a íntegra do programa Café com o Presidente

Agência Popular - 14 de junho de 2004 - 08:42

Brasília - É a seguinte a íntegra do programa "Café com o Presidente" desta segunda-feira:

Luiz – Tudo bem, presidente?

Presidente – Tudo bem, Luiz.

Luiz – Nós gravamos a última edição na China, o senhor já está de volta a Brasília. Como é que foi a viagem, presidente? Já está recuperado da diferença de fuso horário, por exemplo?

Presidente – Bem, eu acredito que a viagem, Luiz, tenha sido um sucesso extraordinário. Agora, você sentiu na pele. É uma viagem cansativa, e a volta é bem pior, né? Porque quando a gente vai para a China, a gente chega lá e tem muito trabalho, então você nem sente o cansaço. Eu ainda não me recuperei totalmente, eu não sei se você já está recuperado...

Luiz: Não, ainda não...

Presidente: Mas, de qualquer forma, eu penso que o Brasil ganhou muito com essa viagem.

Luiz – Agora, presidente, depois da China, depois da Ucrânia, depois do México, o senhor foi à Bahia, em Salvador, inaugurar a Farmácia Popular. Fala um pouquinho para os nossos ouvintes sobre esse programa do governo federal.

Presidente – A Farmácia Popular é um sonho que nós acalentamos há muito tempo e estamos começando a implantá-la agora no Brasil. Bem, o que nós temos hoje no Brasil? Nós temos o SUS, em que todas as pessoas que vão a um pronto socorro atendido pelo SUS ou a um hospital, normalmente saem com um remédio prá tomar, esse remédio é gratuito. Mas têm outros milhões de brasileiros que não participam do SUS, que vão no seu médico particular, que vão no seu plano médico e que vão com uma receitinha e não podem comprar o remédio. Então, o que nós estamos fazendo? Nós estamos implantando farmácias populares. Essas farmácias populares...nós inauguramos algumas agora no Rio de Janeiro, inauguramos em Salvador, inauguramos em São Paulo, inauguramos em Goiânia. Até o final de junho, nós vamos inaugurar aproximadamente trinta farmácias, de preferência nas grandes regiões metropolitanas, onde há maior concentração de pessoas e nós queremos trabalhar muito prá ver se até o final do ano, nós conseguimos implantar 100, sempre nas regiões metropolitanas e nas capitais. E essa farmácia, ela vai vender remédio a um preço muito barato. Eu, por exemplo, quando estava em Salvador, presenciei a compra de um remédio, uma mulher que comprava um remédio numa farmácia e pagava R$ 7,70. Na Farmácia Popular, ela pagou R$ 1,50, ou seja, uma diminuição extraordinária.

Luiz – Presidente, quantos remédios aproximadamente estão disponíveis na Farmácia Popular?

Presidente – Nós queremos vender aproximadamente 92 tipos de remédios e, com o tempo, nós vamos aperfeiçoando prá colocar mais remédios. Com o tempo, nós vamos fazer convênios com a rede normal de farmácia prá que também alguns remédios possam ser barateados. Por exemplo, remédio para hipertensão. E o que é importante, Luiz, lembrar é que a Farmácia Popular não substitui o SUS. O SUS é uma coisa, a Farmácia Popular é outra. O SUS, a pessoa quando vai no posto médico, a pessoa sai com o remédio. A Farmácia Popular é prá atender aquelas pessoas, sabe, que pegam a receita e têm que comprar o remédio numa farmácia normal. Então, nós estamos vendendo remédio a esse preço bem mais barato, e eu espero que a gente vá aperfeiçoando cada vez mais. Nós estamos apenas iniciando um programa. O nosso sonho é fazer isso em todas as cidades de porte grande no Brasil, a começar pelas capitais. Eu acho que vai ser um sucesso, porque o povo vai deixar de guardar a receita no criado-mudo, porque não tem dinheiro prá comprar. Ele agora vai poder comprar o seu remediozinho e tomar, porque é isso que vai garantir que ele tenha uma cura mais rápida. O mais importante também é que nós temos como objetivo produzir parte desses remédios. Ou seja, nós temos laboratórios públicos, nós temos a Fiocruz, nós estamos comprando uma fábrica prá fazer uma parte desse remédio. Então, eu já cansei de ver pessoas entrarem em farmácias, perguntar quanto custa o remédio e sair sem comprar o remédio, porque não têm dinheiro.

Luiz – Houve um acordo na reforma tributária que vai permitir também uma redução no ICMS numa lista de quase três mil remédios, é isso?

Presidente – Esse é um acordo importante, em que nós contamos com a contribuição dos governadores, porque se nós conseguirmos reduzir o ICMS, nós vamos conseguir reduzir remédios entre 12% e 15%, um número muito grande de remédios e isso, obviamente, vai ajudar as pessoas que precisam desse remédio. O que é importante salientar, Luiz, é que quando a gente tem 20 anos de idade, 25 anos de idade ou 30 anos, a gente não precisa tomar remédio. Mas depois, meu caro, depois você começa a sentir uma dorzinha aqui, uma dorzinha ali, sabe, você começa a ter problemas de pressão e nesse momento é que o Estado precisa ter cuidado com você e, sobretudo, quando as pessoas começam a entrar na terceira idade, o Estado tem que ter uma preocupação maior ainda, porque esse é um momento de muita fragilidade das pessoas. E nós estamos cuidando, essas coisas não são fáceis, essas coisas não acontecem do dia prá noite, porque tudo depende de articulação política. Por exemplo, as farmácias populares, nós queremos fazê-las ligadas às santas casas, a hospitais filantrópicos, ou seja, para que a pessoa, ao sair do hospital, possa comprar o seu remédio. Nós não queremos fazer muito longe do posto médico, queremos fazer próximo do posto médico, e aí você precisa demorar, prá fazer acordo com prefeituras, prá fazer acordo com os hospitais, prá poder encontrar o local adequado. E eu acho que nós estamos conseguindo e, se Deus quiser, logo, logo, o povo não vai ter problema de comprar remédio.

Luiz – Tá certo presidente, obrigado pela conversa e até o nosso próximo encontro, em mais uma edição do Café com o Presidente.

Presidente – Obrigado a você Luiz.

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