Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Sexta, 19 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Confinamento em 2012 aumentará desfrute na pecuária de corte

Karina Lima, noticias ms - 10 de março de 2012 - 16:21

Campo Grande (MS) - Boi que leva mais de três anos para engordar a pasto não dá dinheiro. Este pensamento é comum entre os pecuaristas, principalmente com os custos elevados e o preço da arroba do boi gordo em queda desde dezembro do ano passado. Quanto maior o ciclo até o abate, mais demorado é o giro de capital dentro da porteira. Desta forma, o confinamento pode ser uma boa ferramenta para encurtar o tempo até abate e aumentar a taxa de desfrute da pecuária de corte. Para a secretária de Produção do Estado de Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, a pecuária vai ter que se especializar para tornar viável a cadeia da carne como um todo. “Terminar o gado vai ser uma dessas especializações. Vai depender do pecuarista”, reforça a secretária de Estado.

O confinamento de gado também pode ser uma saída viável para melhorar a rentabilidade de propriedades com pouca oferta de pastagem. O pecuarista faz a cria e recria a pasto e na engorda, como a oferta de capim precisa ser aumentada, ele pode optar por terminar o boi em confinamento, ganhando na recria sem degradar a pastagem. Até mesmo para quem tem pastagem reformada ou de boa qualidade, o confinamento de bovinos de corte pode auxiliar na engorda. Antes da conversão alimentar piorar, o boi vai para o confinamento e ganha mais rapidamente o acabamento de carcaça exigido pelos frigoríficos.

Estas são as principais razões para o crescimento do número de animais confinados no Brasil. Em 2012 o País deverá aumentar de 3 para 4 milhões de cabeças o número de bovinos terminados em confinamento. Crescimento de dez vezes se comparado a dez anos atrás, quando o Brasil confinava 400 mil cabeças.



Pecuária de corte em MS




Segundo a própria secretária, o pecuarista de MS de um modo geral não tinha grandes dificuldades em terminar seu boi, pois as grandes extensões de áreas de pastagens e até o clima, que mesmo no inverno oferecia condições de pasto melhores que em Estados vizinhos, eram fatores favoráveis à atividade. “Nosso inverno é seco, mas há chuvas que melhoram as condições do pasto. Acontece que a degradação das pastagens mudou esse cenário. Ou o criador aumenta número de matrizes e encurta a recria ou paga diária pra terminar o boi (boitel)”, sugere Tereza Cristina.


A Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) projeta crescimento de 15% no confinamento de gado para Mato Grosso do Sul. “O pecuarista deve ter atenção e usar o confinamento como uma ferramenta. Ela faz parte do negócio como um todo e o produtor rural deve aprender a utilizá-la. Ele pode empatar os custos ao confinar o boi e ganhar em outras atividades, como a cria ou a recria”, afirma Tereza Cristina. Ela completa dizendo que na criação de bovinos de corte deve-se aprender cada vez mais a usar outras formas de negociação, como por exemplo o mercado de opções, utilizado com mais frequência pelos agricultores.


SIGA-NOS NO Google News