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Confessou ter matado o médico de Costa Rica e a esposa, diz a polícia

Redação - 18 de setembro de 2015 - 17:13

Nogueira afirma ter cometido crime ao ser reconhecido pelas vítimas (Foto: Marcos Ermínio)
Nogueira afirma ter cometido crime ao ser reconhecido pelas vítimas (Foto: Marcos Ermínio)

O trabalhador braçal Willian de Souza Nogueira, 28 anos, confessou ter matado o médico Abner Rodrigues da Silva, 74 anos, e a mulher dele, Irene Barbosa Soares, 52. Em depoimento, afirma ter invadido o imóvel para roubá-lo e cometeu o assassinato ao ser reconhecido pelas vítimas, pois prestava serviços no sítio delas. Além de gastar o dinheiro com cerveja e combustível, “passeou” duas vezes no carro do casal.

Conforme os delegados Edilson dos Santos Silva, do Garras (Delegacia Especializada de Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), e Antenor Batista, da Delegacia em Bandeirantes, o suspeito morava com o pai em uma propriedade vizinha ao local do crime. Ele frequentemente recebia diária de R$ 80 para limpar uma área de eucaliptos e conhecia a rotina da família.

Investigações apontaram que Nogueira já planejava assaltar o casal, mas só “criou coragem” enquanto bebia no último dia 11. Na ocasião, ele cobriu a cabeça com uma camiseta, invadiu a residência e anunciou o roubo armado com uma faca. Abner, entretanto, reagiu e conseguiu remover o tecido, revelando o rosto do invasor.

Encurralado, pois o casal o conhecia, ele amarrou o médico e levou a mulher para o quarto, onde a degolou. Em seguida, exigiu que o médico lhe desse R$ 250 em dinheiro, cartões e as senhas, matando-o em seguida.


Nogueira então pegou a caminhonete das vítimas e foi até São Gabriel do Oeste, onde vive a ex e o filho. Ele foi junto com o cunhado Lucas do Nascimento até um posto de combustíveis da cidade, onde abasteceu R$ 100 e comprou R$ 30 em cerveja.

Ainda na sexta-feira, retornou ao sítio onde estavam os corpos, deixou o veículo na garagem e foi para casa.

No sábado, ele percebeu que ainda não havia qualquer movimentação no sítio das vítimas. Ele pegou novamente a caminhonete e retornou a São Gabriel, onde comprou mais R$ 35 de cerveja.

Depois, voltou pela segunda vez à cena do crime, abandonando definitivamente o automóvel.

Segundo a polícia, no domingo o suspeito resolveu fugir para Campo Grande, onde foi abrigado por parentes. Na terça-feira pela manhã, três dias e algumas horas após o homicídio, as vítimas foram encontradas.

Com medo, Nogueira fugiu até um matagal às margens da MS-040. Durante a semana, investigadores foram até a casa da família dele e passaram a monitorá-los. Ontem, no fim da tarde, ele entrou em contato pedindo ajuda. Os policiais foram até o local combinado e o prenderam.


Antenor Batista relata que o suspeito narrou o crime com frieza, negando, porém, ter estuprado Irene antes de matá-la. Os delegados aguardarão o laudo do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) que apontará com certeza se a vítima foi violentada.

Diante do depoimento, a polícia concluiu que o bilhete ameaçador encontrado na cena do crime tinha intuito de despistar as autoridades, pois não há indícios de que o homicídio tenha sido cometido por vingança.

Em agosto do ano passado, o rapaz fugiu de dentro da delegacia de São Gabriel do Oeste após ser preso em flagrante por roubo qualificado. Apresentado à imprensa nesta sexta, Nogueira nada disse. Ele será indiciado por roubo seguido de morte. O cunhado dele vai responder por favorecimento, pois sabia que o cartão usado na compra das bebidas era roubado.

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