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Condutor de S10 "apagou" um sorriso e a vida de uma mãe e voluntária

Campo Grande News - 18 de fevereiro de 2014 - 07:49

Condutor de S10 "apagou" um sorriso e a vida de uma mãe e voluntária

“Muito trabalhadora, estudiosa, batalhadora, uma pessoa que vivia sorrindo”, esses foram alguns dos inúmeros elogios ouvidos durante o velório da assistente social Khédma Karim de Souza, 32 anos, que morreu na Santa Casa em decorrência de um acidente, na noite de domingo (16). A tragédia foi provocada por um homem embriagado no prolongamento da Ernesto Geisel com a Rua das Balsas, no Bairro Estrela do Sul.

O salão ficou pequeno para a quantidade de amigos, colegas e familiares da assistente social, menos os pais de Khédma, que não conseguiram comparecer ao local. “Eles não têm condições”, comentou a amiga da vítima, Regina Lucia da Rosa, 46.

O velório começou às 15h15, quando o corpo chegou e deixou lágrimas por todo o salão. “Destruiu uma família”, relatou a tia de Khédma, Cleidi Mendes Pereira, 58.

O clima do local era de total indignação, todos os comentários se voltavam para Ronaldo Aparecido Paes, 39, o condutor que dirigia a caminhonete S10. “Eu fico mais triste por que o cara estava bêbado. Estou indignada”, contou a amiga Regina.

Ela ainda disse que o filho de Khédma, Mateus, 13, ficou revoltado com a situação. Ele estava em casa, quando o acidente aconteceu, mas como o local era perto de sua casa, o menino correu até o local. “Ela olhou nos olhos dele e depois desmaiou”. Regina acrescentou que Mateus ficou muito abalado com a morte da mãe e passou a noite “esmurrando a parede” e até quis fazer “justiça com as próprias mãos”.

“O Mateus não quer mais estudar e a mãe dela não quer mais viver”, expôs a amiga da família.

Mesmo com toda a tristeza que pode ser sentida no salão, as pessoas que estavam ali não deixaram de se destacar a conduta da assistente social. “Ela era querida, carinhosa, gostava de ajudar os outros, ela lutava pelas pessoas”, afirmou a pastora Marta Teixeira da Rosa, 64, que ainda relatou que Khédma era voluntária na ONG (Organização Não Governamental) “Um só coração”, para dependentes químicos.

Alguns minutos após o início do velório, Mateus e Angelo, 5, chegaram no local, foi quando ficou mais nítido a falta que Khédma fará para a família e os amigos. O choro não pode ser contido por quem estava no salão. O ex-marido da assistente social, Anísio de Souza Corrêa, 33, apontou que “ela era uma ótima mãe e vivia para os filhos”.

História - Khédma Karim de Souza se formou em serviço social na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e há cerca de um ano passou em um concurso da Prefeitura Municipal de Campo Grande, onde trabalhava como assistente social e já tinha começado a fazer uma pós-graduação em sua área. Ela ainda havia acabado de comprar um carro e tinha comprado a sua casa própria.

De acordo com Cleidi, Khédma será sepultada no Cemitério do Cruzeiro na manhã desta terça-feira (18).

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