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Condutor da moto nega que sabia do assassinato

Ana Maria Assis, Campo Grande News - 27 de outubro de 2010 - 13:59

Após acidente com a viatura da Polícia Civil que transportava os dois outros suspeitos de envolvimento no assassinato do vereador de Alcinópolis, apenas Aparecido Sousa Fernandes, 34 anos, participou da coletiva à imprensa nesta manhã. Fernandes conduzia a motocicleta em que Irineu Maciel, 37 anos, tentou fugir dos dois policiais após cometer o homicídio.

Aparecido não tem passagem pela polícia e alega que não sabia o real objetivo de Irineu ao “dar carona” ao colega de trabalho, que tem uma passagem por falsificação de moeda. Ele conta que os dois se conheceram há cerca de oito meses, trabalhando como assistentes de pedreiro em uma obra no bairro Vilas Boas. “Nunca percebi nada de estranho no comportamento dele, eu achava que ele era uma pessoa tranquila”.

O condutor também afirmou que não sabia que Irineu estava armado. “Ele tinha pedido para eu que eu levasse ele até a Afonso Pena, porque ele ia receber uma dívida”, alega Aparecido. O suspeito também disse que chegou a perguntar para Irineu porque ele não pedia ao devedor para que fosse até ele pagar a dívida, mas segundo Aparecido, Maciel explicou que o rapaz que o devia estava sem tempo.

“A polícia pede nomes, querem nomes. Mas eu não posso fazer nada. Eu só conheço o Irineu”, reclamou o condutor da moto. Conforme Aparecido, não tinha más intenções ao transportar o amigo.

“Eu estava de moto. Ele estava sem jeito de ir. Precisava receber um dinheiro. Me disse que quando recebesse iria me pagar a gasolina que eu gastasse. Eu sou assim, quando uma pessoa pede um favor e eu posso ajudar, eu faço”, explicou. Ele diz que no momento em que Irineu pediu o favor, ele estava “fazendo uma calçada no Santo Amaro”, e chegou a ligar para o patrão pedindo a dispensa.

Fuga - Pai de uma família com três filhos, Aparecido também nega que fugiu dos policiais. “Quando eu percebi que estava sendo perseguido, parei a moto e me joguei no chão. Mesmo porque, os policiais já estavam atirando”, disse ele.

No entanto, Eduardo, um dos policiais da DGPC (Delegacia Geral de Polícia Civil) que flagrou o homicídio por estar passando pelo local em horário de almoço, afirma que Aparecido aumentou a velocidade quando percebeu a perseguição.

“Ele saiu em disparada, fez zigue-zague, contornou rumos. Tanto que só conseguimos alcançá-los na Rua Roberto Mange, próximo a Salgado Filho”. O policial disse, ainda, que disparou cerca de “três tiros de alerta” e só assim o condutor parou a motocicleta.

Os três suspeitos estavam em delegacias diferentes e a coletiva estava marcada na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento à Comunidade). Quando Valdemir Valsan, 43 anos, cunhado da vítima, e Irineu Maciel, 37, estavam à caminho do evento, a viatura capotou, na avenida Afonso Pena com a Ernesto Geisel. Após o acidente, o delegado João Reis iniciou as entrevistas com os policiais Adilson e Eduardo, que flagraram o crime e perseguiram a moto, além de Aparecido.

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