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Conciliação sela história de amor em MS

TJMS - 07 de novembro de 2006 - 07:02

Pouco mais de cinco meses de união estável coroavam de sucesso o amor de “João” e “Maria”. Ele um rapaz de 27 anos, trabalhador e bastante dedicado à sua companheira, uma moça de apenas 15 anos, criada sob educação rígida, típica das famílias interioranas do Mato Grosso do Sul. A história é da comarca de Coxim e foi narrada pelo Conciliador Devanir Garcia. Os nomes foram preservados, porém os fatos é que merecem atenção.

João e Maria, muito alegres e divertidos, freqüentavam constantemente os eventos festivos da cidade de Coxim. No mês de agosto deste ano, em mais uma dessas saídas, o infortúnio foi inevitável. Maria, moça bonita, atraente e provocante, chamou atenção de alguns rapazes que já haviam abusado da bebida. As cenas, mesmo não tendo contrapartida de Maria, provocaram ciúmes em João, que preferiu ir embora da festa. Em respeito ao companheiro, Maria, mesmo sem dever nada, o acompanhou. Chegando em casa, ambos já estavam com os ânimos exaltados em conseqüência da bebida e o assunto que não cessava nem por um minuto.

Ciúmes este que levou João a abrir a palma da mão e num ato pouco pensado desferir uma “bolacha” em Maria. A ofensa pôs um ponto final na história de amor, que acabou numa delegacia onde foi lavrado um boletim de ocorrência. “Seu Severino”, pai da moça, revoltado com a situação e a estupidez de João, levou Maria de volta para casa e não deixou mais que mantivesse contato com o agressor.

O caso percorreu todos os trâmites legais e acabou no Juizado Especial Adjunto , nas mãos do Conciliador Devanir Garcia, que buscou a composição amigável na audiência preliminar. Na data marcada compareceram João, Maria e o pai Severino. Devanir ouviu o relato dos fatos junto às partes envolvidas e percebeu que aquele poderia ter sido um fato isolado, conseqüência da imaturidade do relacionamento. O conciliador se pôs a ouvir atentamente cada uma das versões e percebeu que ambos se gostavam.

Começou a perceber que caberia propor uma reconciliação e conseguiu evoluir até firmar a conciliação. O pai, que assistia atentamente e ouvia os conselhos de Devanir, acabou concordando com a reconciliação, porém deixou bem claro que não confiava em João e que daria uma chance considerando as palavras do Conciliador. A emoção tomou conta do ambiente. Do rosto de Maria desceram algumas lágrimas e a alegria estava evidente.

Devanir vira o corpo de lado para iniciar a digitação do termo de audiência, quando percebe que João num gesto rápido deposita sobre a mesa uma pequena caixa. Assustado, questiona João sobre o que significava aquilo? Quando ouviu de João que havia jurado que iria mudar e cuidar muito bem de Maria caso ela lhe perdoasse pela infelicidade de um ato impensado. Na caixinha estava um par de alianças que, ali mesmo, diante do Conciliador foi colocado no dedo anelar da mão direita de ambos, firmando o noivado de João e Maria.

O ato foi registrado no termo de audiência e tornado da maior responsabilidade por mais alguns conselhos de boa convivência ofertados ao casal pelo Conciliador. A audiência terminou em muitos abraços e pulos de alegria. O casal voltou a viver sob o mesmo teto e confirma que conciliar sempre pode ser legal.

Dia Nacional da Conciliação – Todos os cidadãos com demandas judiciais possíveis de conciliação podem procurar o fórum, até o dia 1º de Dezembro, para marcar a audiência de composição para o Dia Nacional da Conciliação, Dia 8 de Dezembro.


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