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Conab espera segunda maior safra de grãos da história

Ivan Richard / ABr - 03 de maio de 2006 - 14:44

O Brasil deve produzir 121,1 milhões de toneladas de grãos na safra 2005/2006. Se confirmado este valor, esta será a segunda maior safra da história ficando atrás apenas da safra 2002/2003, que foi de 123,2 milhões de toneladas. Em relação a safra passada (2004/2005), o levantamento mostra um acréscimo de 6,3%, ou 7,2 milhões de tonelada, em relação aos 113,9 milhões de toneladas da última safra. Os números constam do 6º levantamento da safra divulgado hoje (3) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Na comparação com o último levantamento, realizado em abril, houve uma redução de 0,3% na estimativa. O presidente da Conab, Jacinto Ferreira, explicou que essa variação ocorreu pela correção, para baixo, da produtividade da soja, principalmente nos estados do Mato Grosso e Paraná e correção, para cima, do feijão, da mamona e do milho.

De acordo com o Ferreira, os próximos levantamentos não devem trazer maiores alterações. "Já está praticamente consolidado [o número final em relação à safra]. O que deve ocorrer é que o clima agora favorece as culturas de verão e as de segunda safra. Então, isso deve normalizar e até ocorrer um pequeno aumento, não muito significativo também", disse.

Este ano, segundo a Conab, a produtividade vem sendo recuperada, depois de ter sido prejudicada pela seca no sul do país. "Tivemos uma área plantada mais ou menos igual ao do ano passado e uma recuperação de 6% no total de toneladas que vão ser colhidas esse ano. Então, houve um acréscimo de produtividade em relação ao ano passado", afirmou Ferreira.

O presidente da Conab afirmou ainda que, a partir deste mês, com o início da liberação do Orçamento, o Ministério da Agricultura e a Conab darão inicio ao programa de aquisição de produtos, com o objetivo de melhorar os preços agrícolas. O milho, devido à diminuição do consumo interno agravado pela queda no consumo de frango, e o arroz, terão atenção especial do governo, antecipou.

"O governo tem hoje R$ 1,4 bilhão para mecanismos de intervenção em relação a movimentação e preço e tem R$ 600 milhões para aquisições de produtos", informou Ferreira. "Vamos primeiro gastar esse recurso, para ver se há necessidade de mais dinheiro para elevar o preço desses produtos no mercado interno", finalizou.

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