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Como governar sem os políticos e corrupção?

Manoel Afonso - 04 de dezembro de 2014 - 14:00

Talvez pela nossa profissão, acaba sendo quase impossível participar de alguma conversa que o ingrediente da política não esteja presente. Alguns falam dela por experiência própria, outros na condição de observadores ou ‘filósofos de plantão’.

Após o Mensalão, o escândalo da Petrobrás é o prato do dia na mídia, suscitando críticas, comentários e previsões até catastróficas para essa empresa no próximo ano.

Mas o que eu quero aproveitar aqui é o depoimento do ex- diretor Paulo Roberto Costa na CPI – quando ‘abriu o bico’ lembrando que em todos os segmentos da administração pública onde existe espaço para os políticos, a pratica da corrupção se faz presente.

Como estamos às vésperas de novas gestões tanto no Planalto como no Parque dos Poderes, essa afirmação de Paulo Roberto Costa é uma séria advertência para Dilma e Reinaldo. Afinal, é sabido que em todas as esferas de governo, há a barganha de apoio parlamentar por cargos, representados por ministérios, secretarias, empresas estatais e outras vantagens incontáveis.

Perguntas simples, do cidadão comum: Dilma terá maioria sem dar cargos e vantagens aos políticos dos partidos da sua base? Como abrir mão da influência dos coronéis nordestinos por exemplo? E Reinaldo, conseguirá eleger a mesa diretora da Assembleia Legislativa sem dar nada em troca? Os partidos vão exigir o comando de quais órgãos deste futuro governo estadual?

Tanto em Brasília, como aqui e resto do Brasil, os políticos que dominam esses postos importantes da administração avançam o sinal, fazem loucuras em nome da sobrevivência política. Aí nem é preciso ser especialista ou ter bola de cristal para se aferir os resultados.

Ora! Infelizmente não é possível governar apenas com tecnocratas sem vínculos partidários. É quem sem apoio político não há governo que se sustente por muito tempo. É o político que faz a interlocução entre o poder e o povo, mas ele não faz isso por idealismo na maioria das vezes.

Ele entende que precisa levar vantagens para alavancar o partido e seus projetos políticos pessoais.

Daí para a corrupção, é só girar a chave e abrir a porteira.

De leve....

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