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Como foi o jogo do pentacampeonato, segundo o SPFC

Marcelo Martuscelli/SPFC - 01 de novembro de 2007 - 08:07

Dentro de campo, um goleiro fantástico, uma defesa quase intrasponível, um meio-campo que esbanja raça e dedicação e um ataque que deu amplamente conta do recado. Coloque junto um dos melhores treinadores do Brasil e uma diretoria sempre pioneira em organização e planejamento. O resultado não poderia ser outro: títulos. E o São Paulo tornou-se na noite desta quarta-feira o primeiro pentacampeão brasileiro de futebol. O dia 31 de outubro ficará marcado na história.

Com gols de Hernanes, Miranda e Dagoberto, o Tricolor atropelou o lanterna e já rebaixado América-RN por 3 a 0, chegou aos 73 pontos na tabela de classificação e não pode mais ser alcançado pelos seus principais adversários. Números realmente incontestáveis. De quebra, o time ainda quebrou o recorde de público do campeonato, com mais de 68 mil pagantes.



O jogo



O primeiro tempo foi de apenas um time. O São Paulo entrou em campo com a mesma formação que havia vencido o Sport por 2 a 1, no último final de semana, em Recife. Do outro lado, um adversário que se preocupava apenas em não ser goleado. Tanto que entrou em campo com três zagueiros, seis homens no meio-campo e apenas um atacante, que não teve a menor chance diante da melhor defesa do Brasil. E as chances de gol não demoraram a aparecer.

Logo aos dois minutos, Jorge Wagner cobrou falta e Breno cabeceou por cima do gol. O mesmo zagueiro, aos 4min, fez brilhante jogada pela direita, passou por três marcadores mas, na hora de cruzar para a área, bateu muito forte. Aos 9min, foi a vez de Hernanes assustar o goleiro Sérvulo. Ele avançou pela direita, cortou a marcação adversária, invadiu a área e bateu de pé esquerdo, à esquerda do gol do rival.

A pressão continuava. Aos 13min, o gol não saiu por pouco. Jorge Wagner cobrou escanteio pela esquerda, Sérvulo bateu roupa e, na sobra, Breno, livre, cabeceou por cima do gol. No minuto seguinte, Jorge Wagner, cara a cara com o goleiro rival, bateu para fora, perdendo gol feito.

Com o passar do tempo, as coisas ficaram mais complicadas. Isso porque o América-RN concentrava seu time inteiro no campo defensivo, o que diminuía bastante os espaços. Mas o São Paulo não desistia. Fazia a bola rolar pelos dois lados e tentava usar a jogada de Aloísio como pivô. Aos 29min, foi a vez de Carlos Eduardo, em cima da linha, evitar gol de cabeça de Richarlyson. Mas, nove minutos depois, não teve jeito. Hernanes avançou pela intermediária e, de fora da área, bateu rasteiro, de pé direito, no canto direito de Sérvulo. O Morumbi explodiu de alegria. Ainda na primeira etapa, Rogério Ceni quase fez de falta.

Na etapa complementar, o panorama da partida não se modificou. Logo aos quatro minutos, em seu primeiro ataque, o Tricolor aumentou sua vantagem com Miranda, de cabeça, após cobrança açucarada de escanteio de Jorge Wagner. Com 2 a 0 no marcador e os gritos de "pentacampeão", o São Paulo diminuiu o seu ritmo, esperando o tempo passar, enquanto que o adversário, horroroso tecnicamente, não oferecia o menor perigo.

Aos 26min, Rogério Ceni teve nova oportunidade em cobrança de falta. Desta vez foi Sérvulo quem evitou o 78º gol do capitão tricolor. Três minutos depois, Muricy Ramalho fez a primeira alteração na equipe, sacando Júnior, que foi muito aplaudido, para a entrada de Souza. E, no seu primeiro lance, o camisa dez fez cruzamento primoroso para Dagoberto que, de cabeça, fez 3 a 0.

Nos dez minutos finais, Muricy Ramalho aproveitou para dar uma chance ao zagueiro Danilo Silva, que veio do Guarani e fez sua estréia com a camisa tricolor na vaga de Breno. A torcida não parou de cantar um minuto só. E, no fim, o Morumbi lotado festejou um título mais do que merecido. Do melhor time do Brasil.

Ficha técnica



São Paulo: Rogério Ceni; André Dias, Breno (Danilo Silva, aos 35min do 2º tempo) e Miranda; Leandro, Hernanes, Richarlyson, Jorge Wagner e Júnior (Souza, aos 28min do 2º tempo); Dagoberto e Aloísio (Borges, aos 37min do 2º tempo).

Técnico: Muricy Ramalho



América-RN: Sérvulo; Carlos Eduardo, Róbson, Rogélio e Chiquinho; Ney Santos, Joelan (Vasconcelos, aos 21min do 2º tempo), Marquinhos Mossoró, Leandro Sena (Washington, no intervalo depois Léo Papel, aos 6min do 2º tempo) e Berg; Geovane.

Técnico: Paulo Moroni



Gols: Hernanes, aos 38min do 1º tempo. Miranda, aos 4min e Dagoberto, aos 31min do 2º tempo

Juiz: Lourival Dias Lima Filho (BA)

Local: estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)




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