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Como foi o hexa de Schumacher

Adriano Gaieski/ABr - 12 de outubro de 2003 - 14:44

O brasileiro Rubens Barrichello venceu a última prova da temporada de Fórmula 1, mas quem comemorou mesmo foi seu companheiro de Ferrari, o alemão Michael Schumacher, que bateu mais um recorde no automobilismo mundial e conquistou o hexacampeonato da categoria mais tradicional e popular do automobilismo no mundo. Com o resultado, a Ferrari garantiu também o quinto título consecutivo de Construtores, outra façanha inédita na história da F-1.

A prova foi disputada em Suzuka, no Japão, na madrugada deste domingo (no horário brasileiro). Schummy terminou a corrida em oitavo no GP japonês, porém foi beneficiado pelo fato de Kimi Raikkonen, da McLaren, que também disputava o título, não ter chegado em primeiro. O finlandês terminou na segunda posição. David Coulthard, tasmbém da McLaren terminou em terceiro e completou o pódio.

Para superar o pentacampeão argentino, Juan Manuel Fangio, já falecido, e se tornar o maior vencedor de todos os tempos na categoria, Schummy passou por alguns sustos em Suzuka. Ele largou na 14ª posição, pois teve problemas com a chuva no treino classificatório de sábado. Na sexta volta da corrida, Schummacher tentou ultrapassar TakumaSato e bateu na traseira do japonês. Quebrou o bico do carro e teve o bico de ir para o boxe. Acabou caindo para a última posição.

Já Raikkonen saiu de oitavo para sexto lugar, após a largada. Ele ganhou também uma posição do brasileiro Cristiano da Matta, na primeira passagem pelos boxes e contou ainda com os abandonos de Juan Pablo Montoya e Fernando Alonso. Tendo apenas o companheiro David Coulthar antes de Rubinho, Raikkonen chegou a sonhar com o título, mas ficou apenas com o gostinho.

Além da recuperação do filandês na pista, Schummy ainda passaria por mais um susto. Ele foi atacado pelo seu irmão, Ralf Schumacher, da Williams, e teve uma briga áspera para defender a posição. Pouco depois, Schummy travou as rodas para não bater em Da Matta. Foi na grama, mas voltou rápido para a pista.

Não foram apenas estes os obstáculos enfrentados pelo alemão para conquistar o Mundial da temporada 2003. O piloto teve de superar, por exemplo, a morte da mãe Elizabete Schumacher, aos 55 anos, no dia 20 de abril deste ano. Poucas horas depois de comparecer ao enterro na Alemanha, ele tomou um helicóptero e foi até o circuito de San Marino, onde venceu o GP.

Muitas vezes estigmatizado como frio,Schumacher mostrou ao mundo seu sentimento no pódio. No dia em que não teve champanhe durante a cerimônia, o hexacampeão usou uma tarja preta no braço para simbolizar o luto e chorou diante das câmeras. Dentro das pistas, ele provou sua estrela ao superar as mudanças de regras.

A organização do Mundial mexeu nos formatos dos treinos e na forma de pontuação na tentativa de tornar o campeonato mais competitivo. As alterações mostraram resultado, mas Schumacher apenas teve sua vida mais complicada. Ao invés de disparar na ponta e conquistar o título por antecipação, ele teve de esperar até a última prova para soltar o grito de campeão.
Confira a classificação até o sétimo colocado:

1º - Rubens Barrichello (BRA) Ferrari/B - 53 voltas
2º - Kimi-Matias Raikkonen (FIN) McLaren-Mercedes/M - a 11s
3º - David Coulthard (ESC) McLaren-Mercedes/M - a 11s6
4º - Jenson Button (ING) BAR-Honda/B - a 33s1
5º - Jarno Trulli (ITA) Renault/M - a 34s2
6º - Takuma Sato (JAP) BAR-Honda/B - a 51s6
7º - Cristiano da Matta (BRA) Toyota/M - a 56s7

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