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Como foi a entrevista de Zeca no Canal Livre da Band

Jacqueline Lopes/Campo Grande News - 21 de junho de 2004 - 07:43

O governador Zeca do PT, em entrevista ao programa Canal Livre, da Bandeirantes, disse que está na hora de ser “separado o joio do trigo”. Assumido como político que prega as alianças, Zeca disse que após a derrota de Lula no Senado ficou a comprovação de que algumas coisas precisam ser repensadas.
“Acredito na capacidade política de Lula. O PMDB é aliado mas vota contra o governo. Tem que ver quem são os aliados”, disse ressaltando a parceria do PMDB no Rio Grande do Sul e a não parceria em Mato Grosso do Sul. “Os parlamentares do PMDB de MS votaram tanto no senado como na Câmara contra o governo”, alfinetou.

Defendeu-se das críticas feitas sobre a participação de seus irmãos na concessão do porto de Porto Murtinho e do fato de empreiteiras, as quais o Estado tinha dívida, terem recebido dinheiro da Petrobrás, como pagamento da conta. Segundo o governador, não houve irregularidade nos casos.
O porto de Porto Murtinho estava com a obra paralisada e com uma dívida de R$ 2,5 milhões, disse. Zeca relatou ainda que não há mecanismos para barrar a participação dos interessados na licitação. O governador enfatizou que ele mesmo encaminhou um dossiê a Assembléia Legislativa para verificar a denúncia de tráfico de influência e também ao Ministério Público Estadual, que nada encontrou de errado.
Sobre a Petrobrás, o governador disse ter sido uma operação legal e constitucional a Petrobrás, a seu pedido, pagar a dívida descartando qualquer ligação das empresas, contribuintes em sua campanha, no processo. “A conta da campanha foi aprovada pela Justiça Eleitoral e o Tribunal de Contas se há alguma empresa não tem nada a ver com irregularidade”.
Os jornalistas aproveitaram o último bloco do programa para fazer perguntas sobre MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem–Terra) e também da segurança, especificamente do 1,5 mil km de fronteira seca – acesso para o tráfico de drogas. “Aplaudi a proposta do Senado de destinar as Forças Armadas para áreas de fronteira seca. Fica mais fácil barrar na entrada do que em São Paulo ou nos morros do Rio de Janeiro”, defendeu Zeca do PT.
Sobre a ação das ocupações do MST, Zeca disse que em MS há ordem e acredita que o governo Lula deva cumprir a meta de assentar as famílias. “Essa gente saiu do campo atraída pela cidade grande. O governo não soube organizar isso e agora tenho certeza que vamos assentar assim como foi na fazenda Itamarati”, apostou.
O governador de Mato Grosso do Sul encerrou a entrevista em rede nacional, falando de alguns aspectos do meio ambiente. Enfatizou que a pescaria agora, está sendo fiscalizada. “Há uma cota máxima de 10 quilos. Não queremos pescadores para prostituir nossas crianças e deixar sujeira à beira do rio. Estamos ainda com projetos de investir no turismo contemplativo”, disse. Zeca do PT aproveitou o ensejo para falar sobre o Trem do Pantanal, projeto que os jornalistas desconheciam. “Este ano, vocês estão convidados para viajar pelo Trem do Pantanal. Estamos recuperando a antiga noroeste do Brasil e o trem vai ligar Bauru à Corumbá, no Pantanal”.

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