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Geral

Comissão da Câmara vai investigar negócios da Parmalat

Ellis Regina/ABr - 23 de janeiro de 2004 - 07:56

Uma comissão especial da Câmara dos Deputados vai investigar os negócios da Parmalat no Brasil, diante da crise da multinacional italiana, desencadeada recentemente com o anúncio de uma dívida de 10 bilhões de euros, o equivalente a R$ 35 bilhões. Na terça-feira (27), os 21 parlamentares que integram a comissão vão se reunir para definir um cronograma de trabalho e votar os primeiros requerimentos de audiências públicas com os envolvidos no escândalo financeiro.

Eleito presidente da comissão, o deputado Waldemir Moka (PMDB-MS) nomeou Assis Miguel (PT-PR) para a relatoria. Waldemir Moka disse que a comissão precisa ter acesso aos documentos e às pessoas responsáveis pela Parmalat no Brasil. "Se tem recursos públicos envolvidos, quem preside essas instituições também deve ser ouvido", argumentou.

O parlamentar esclareceu que o primeiro passo de comissão deve ser avaliar a situação dos pequenos produtores rurais que estão endividados por causa da crise na Parmalat. De acordo com o relator Assis Miguel, um milhão e meio de pessoas dependem diretamente da produção leiteira no Brasil. “É preciso identificar onde estão os fatores que levaram a Parmalat a criar tamanho prejuízo”, observou o deputado.

Segundo Francisco Turra (PT-RS), um dos integrantes da Comissão de Agricultura da Câmara, que idealizou a comissão especial, a empresa italiana é responsável pela compra de 1 bilhão de litros de leite por ano no Brasil. "Neste primeiro momento, a função da comissão é acompanhar o desfecho da crise. Se forem encontradas irregularidades, ela poderá sugerir a criação de uma CPI", informou o parlamentar, lembrando que os congressistas deverão convocar os diretores da Parmalat no Brasil para participar de audiências na Câmara.

Francisco Turra disse que é preciso criar condições para resolver o problema dos pequenos produtores rurais que dependem da produção de leite. Isso pode ser feito com o apoio de cooperativas e recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, afirmou.


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