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Comemoração: 5 de março é o Dia do Filatelista

Assessoria - 05 de março de 2009 - 07:55

No dia 5 de março é comemorado o Dia do Filatelista Brasileiro. Filatelista é o nome técnico dado ao colecionador de selos.



Há mais de um século e meio, o hábito de colecionar selos tem atraído um grande número de aficionados por todo o mundo. Esse tipo de colecionismo é denominado "Filatelia" (do grego fila = amigos e telos = selo), tendo como seu praticante o filatelista. Contudo, nem só de selos vive o filatelista: na sua coleção também se encontram carimbos, franquias mecânicas, folhas comemorativas e blocos. A Filatelia tornou-s uma atividade cultural. Os selos comemorativos, por exemplo, registram os aspectos socioculturais das nações, tornando-se fontes de pesquisa, além de entretenimento e investimento.

História - Em cinco de março de 1829, D. Pedro I baixou um decreto que organizou os Correios do Brasil, definindo tarifas e outras questões de importância para o desenvolvimento dos serviços postais. Essas medidas culminaram com a independência e a organização dos Correios do Brasil, possibilitando que, em 1º de agosto de 1843, 14 anos depois, fosse emitido o primeiro selo postal brasileiro.

Mas a decisão de tornar o 5 de março o “Dia do Filatelista” ocorreu somente em 1969, em São Paulo, durante um congresso organizado pela Comissão Estadual de Filatelia.

O Brasil foi o segundo país do mundo e primeiro das Américas a adotar o selo postal como comprovante de franqueamento, graças ao pioneirismo de D. Pedro II. Sensível às idéias inovadoras da época, o Imperador vislumbrou no Penny Black, primeiro selo emitido no mundo, em 1º de maio de 1840, na Inglaterra, uma conquista que marcaria definitivamente o destino dos correios.

Coleções para todos os gostos – As coleções de selos são organizadas, em geral, por tema ou por país. Essas são as formas mais comuns, mas tudo depende do colecionador, do enfoque que ele quer dar para sua coleção. O fato é que uma coleção nunca chega ao fim, está sempre em construção.



Filatelia em MS



No Mato Grosso do Sul os colecionadores estão organizados no Clufisul (Clube Filatélico e Numismático de Mato Grosso do Sul), fundado em 1987. O clube congrega colecionadores de selos e moedas antigas.

Para Valter Orlindo, vice-presidente do Clufisul, a filatelia é uma atividade cultural por excelência. Ele diz que começou a se interessar pela filatelia em 1982 “atraído pelas estampas em si e a partir daí fui buscar conhecimento através dos selos. No começo não tinha tema, só juntava porquê achava bonito”. Com o tempo, aprendeu a organizar os selos e passou a explorar temas para as coleções.

Valter nasceu em Glória de Dourados, é graduado em Ciências Econômicas e mestre em Sociologia do Leste Europeu. O primeiro tema explorado por ele foi a aviação. Naquela época ele estava na Base Aérea e resolveu montar um coleção com o tema “História da Aviação no Brasil”. Em 1985 participou da primeira exposição nacional e a medalha bronze o animou ainda mais. O filatelista afirma que o júri dá muito valor à originalidade da coleção. Partiu então para mais uma coleção, desta vez tendo como tema “Mãos e Mãos”.

Ele escolheu esse tema ao observar a importância das mãos para o ser humano. Tão importantes, que às vezes passam despercebidas. Valter pesquisou o assunto buscando informações na literatura, primeiro vendo as mãos no seu aspecto físico, biológico, observando detalhes como a sua formação, os dedos, a pele, os pelos, as unhas, etc. Depois, a questão da importância em si das mãos. Dessa forma a coleção foi dividida em tópicos, tais como o auxílio prestado ao homem, instrumento de demonstração afetiva, instrumento de trabalho, as mãos e o poder, o poder das mãos, mãos e religião, as mãos na linguagem (tais como para os surdo-mudos), as mãos na arte (música, pintura, etc.). A coleção agrega selos de diversos países, tendo as mãos como eixo comum.

O Clufisul - Segundo Valter a idéia de fundar o Clufisul partiu da professora universitária, e ex-funcionária dos Correios, Maria Emília Borges Daniel. O clube já chegou a ter cerca de 300 cadastrados em todo estado. Nas reuniões do clube são feitas avaliações, troca e venda de produtos filatélicos (como o selo) e também de moedas antigas. As reuniões acontecem aos sábados na Agência Filatélica dos Correios, localizada no Shopping Campo Grande.

Embora o clube tenha sido fundado apenas em 1987, a filatelia em MS já existe desde a década de 40. Já naquela época filatelistas de Campo Grande conseguiram destaque nacional, através do trabalho de um núcleo de filatelistas existentes na cidade.



História do Selo

O primeiro selo surgiu na Inglaterra, a partir da necessidade de se estabelecer um padrão de tarifas postais que fosse válido para todo país. A idéia partiu de um homem chamado Rowland Hill, responsável também pelo esboço do primeiro selo, que tinha na estampa o perfil da Rainha Vitória. Esse selo foi colocado à venda em 1840 e ficou conhecido como Penny Black, uma alusão ao seu preço – um penny – e à sua cor, que era preta.

O selo no Brasil – Seguindo o exemplo da Inglaterra, já em agosto de 1843 o Brasil emite aquele que é considerado o segundo selo do mundo, o “Olho-de-Boi”, que hoje é uma raridade.



Correios apóia a Filatelia



Os Correios vêm promovendo a revitalização da Filatelia no Brasil, por meio de programas que divulgam o hobby. Um deles é o Correios nas Escolas, que visa estimular alunos e educadores a utilizar os selos postais como instrumento de cultura, pesquisa, entretenimento e integração social. Entre outras ações, o programa fez ampla distribuição de material promocional para professores, autorizou a impressão de selos em livros didáticos recomendados pelo MEC e incentivou a criação de clubes filatélicos na rede escolar, fomentando essa atividade por meio da organização de mostras e exposições nas escolas.

No contexto dessa popularização, a ECT instituiu em 2001 o Troféu Olho-de-Boi, concedido ao artista criador do selo mais bonito do ano. Em 2003 foi lançado o prêmio Correios Jovem Colecionador, destinado a destacar a melhor coleção filatélica montada por alunos do Ensino Fundamental em todo o País, estimulando-os a colecionar selos e utilizá-los como elemento de pesquisa nos trabalhos escolares.



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