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Começa dia 05 campanha contra Pólio

Assessoria MS - 29 de maio de 2004 - 10:25

O Ministério da Saúde realiza, no dia 5 de junho, a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, que tem o slogan “A gotinha que vale ouro”. Para este ano, a meta é vacinar mais de 17 milhões de crianças menores de cinco anos, em parceria com estados e municípios. O que garante não só a proteção contra a pólio, como também a manutenção da erradicação da doença no Brasil.

Todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas, mesmo as que estiverem com tosse, gripe, rinite ou diarréia. Vale ressaltar que não existe tratamento para a poliomielite. Somente a prevenção, com a vacina, garante a imunização contra a doença.

Cerca de 440 mil pessoas, entre servidores da saúde e voluntários, serão mobilizados em 117 mil postos de saúde. Para o transporte das equipes de vacinação, estarão disponíveis 39 mil automóveis, 2,5 mil embarcações e cinco aeronaves. Tais números fazem desta campanha a maior mobilização do mundo para vacinação em massa de crianças.

Para a primeira etapa da campanha, o investimento é de R$ 23,1 milhões. Desse montante, R$ 10,9 milhões foram aplicados na compra de 26,6 milhões de doses da vacina. Outros 6,2 milhões foram destinados ao repasse, fundo a fundo, para estados e municípios se prepararem para a mobilização. Para a campanha de publicidade, foram alocados R$ 6 milhões para a produção de cartazes, folderes, outdoors, busdoors, além da mídia de rádio e televisão.

Cobertura – As secretarias estaduais e municipais de Saúde vão reforçar a vacinação em pequenas localidades, onde as coberturas vacinais são menores. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cobertura vacinal contra pólio deve abranger 95% das crianças menores de cinco anos. Já o Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda aos estados que atinjam a cobertura mínima de 95% em pelo menos 80% dos municípios. Isso garantirá a homogeneidade da vacinação e evitará o reaparecimento da doença.

Nas áreas rurais e de difícil acesso, as crianças também poderão atualizar o cartão de vacinas. Serão oferecidas, por exemplo, as vacinas, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), dT (difteria e tétano), febre amarela e hepatite B.

Em 2004, a estratégia contra a poliomielite no Brasil completa 24 anos de existência. O último caso da doença verificado no país foi em 1989. Em 1994, o Continente Americano recebeu da OMS o reconhecimento pela erradicação da transmissão autóctone da doença. Os países do Pacífico Ocidental receberam o reconhecimento em 2000 e a Europa, em 2002.

Restam no mundo três regiões que ainda não receberam a certificação de erradicação da pólio: África, Sudeste da Ásia e Mediterrâneo. Nos últimos três anos, 12 países dessas regiões registraram casos da doença: Angola, Etiópia, Madagascar, Mauritânia, Niger, Nigéria, Índia, Afeganistão, Egito, Paquistão, Somália e Sudão.

Portanto, é fundamental manter a vacinação de menores de cinco anos contra a enfermidade, pois há risco de reintrodução do vírus selvagem em países que já erradicaram a pólio. A estratégia brasileira não só mantém o país livre da poliomielite, como também integra uma rede mundial para a manutenção da erradicação desta doença.

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