Brasília - O comando de greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) se reuniu hoje (20) em Brasília para uma avaliação do movimento iniciado no último dia 16 em agências de vários estados. “Estamos avaliando a paralisação dos serviços nos estados que já aderiram ao movimento”, disse o delegado do comando em São Paulo, Antonio Carlos Versolato.

Segundo ele, na capital paulista a paralisação nas agências de atendimento já é grande e no interior chega a cerca de 30%. De acordo com o secretário de administração do comando de greve, Moacir Lopes, 17 estados já aderiram ao movimento e outros quatro vão fazer assembleias na próxima semana para decidir se paralisam as atividades. “A greve é parcial. As agências não estão funcionando plenamente”.

O movimento ocorre porque os servidores não concordam com o aumento da carga horária de 30 para 40 horas semanais. Segundo Antônio Versolato, a Medida Provisória 441/08 estabeleceu que a carga horária semanal dos servidores da carreira do Seguro Social será de 40 horas a partir de 1º de junho e não mais de 30 como era desde 2004. De acordo com ele, a MP permite a opção por 30 horas com a redução proporcional do salário.

De acordo com Moacir Lopes, a Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) entrou com ação cautelar, com agravo regimental, no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que seja reconsiderada decisão que deferiu liminar à medida cautelar ajuizada pelo INSS visando à suspensão da greve dos servidores.