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Com sonho de ser médico, menino vive em ambulância socorrendo acidentes

Paula Maciulevicius, Campo Grande News - 11 de janeiro de 2014 - 07:49

Enquanto a maioria dos amigos está começando a fase de festas, ele troca as saídas pelos socorros.
Enquanto a maioria dos amigos está começando a fase de festas, ele troca as saídas pelos socorros.

Aos 14 anos ele não tem outro sonho a não ser o de salvar vidas. Em Chapadão do Sul, Gabriel Schultz Silva, vai pela manhã à escola e depois passa o dia acompanhando ocorrências de acidentes junto dos bombeiros. Filho de jornalista, o adolescente fica na redação e quando a equipe vai à rua atrás de notícia e ele acompanha para prestar socorro.

O primeiro acidente que ele ajudou no socorro aconteceu no final de dezembro de 2012, um capotamento na rodovia, a caminho de Cassilândia, com quatro vítimas. “Foi grave e precisou de várias pessoas para socorrer. Não tinha nem bombeiro, porque eles estavam atendendo outro acidente, foi o resgate da prefeitura. Foi aí que comecei a gostar cada vez mais”, fala.

O menino fez cursos pela internet para aprender a teoria e na prática, gruda os olhos nos bombeiros. “Eu queria fazer mais, só que pela minha idade tem poucas coisas que eu posso fazer. Meu sonho era de poder, desde agora, ficar no resgate”, conta.


Os projetos futuros são o de se tornar médico de urgência de ambulâncias. Enquanto o tempo não avança para a formação superior, ele montou uma bolsa de resgate com dinheiro do próprio bolso. Segundo Gabriel, tudo o que tem na ambulância de unidade de resgate, ele carrega na mochila.

“Material de intubação, reanimação, acesso venoso, gases, material de imobilização, kit de parto, queimadura, hemorragia”. O investimento no trabalho voluntário já foi mais de R$ 2,5 mil. Quantia que apesar de alta, não pesa para Gabriel. “Não é dinheiro que me interessa e nem crédito. E sim salvar vidas, pois nada melhor que saber que você faz a diferença”, comenta.

Na cidade todo mundo conhece o menino socorrista e até quem já passou pelas suas mãos reconhece. “Esses dias eu recebi uma homenagem. Uma mulher sofreu acidente na rodovia e estava entre a vida e a morte. Fui de ambulância com ela, fiz vários procedimentos, senão ela não chegava viva. Depois o médico que atendeu ligou, me parabenizando que o atendimento foi perfeito”, recorda.

Enquanto a maioria dos amigos está começando a fase de festas, ele troca as saídas pelos estudos. “Eu estou em casa, com minhas apostilas de socorrista e meus vídeos/aula, estudando para cada vez mais ajudar o próximo”, finaliza.

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