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Com risco de sarampo chegar até MS, meta é vacinar 158 mil crianças

Correio do Estado - 12 de julho de 2018 - 09:40

Com o registro de casos de sarampo no Brasil após 16 anos da doença controlada e o risco dos casos chegarem à Mato Grosso do Sul, campanha de vacinação contra o sarampo e poliomielite será realizada, com meta de imunizar 158,8 mil crianças de 1 a 4 anos no Estado. A campanha já estava prevista no calendário nacional do Ministério da Saúde e ocorrerá do dia 6 até 31 de agosto, sendo o dia 18 de agosto o Dia D.

Conforme o Ministério da Saúde, em 2016 o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana de Saúde o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo. No entanto, atualmente o país enfrenta dois surtos da doença, em Roraima e no Amazonas. Além disso, ainda segundo o Ministério da Saíde, alguns casos isolados e relacionados a importação foram identificados em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro.

Gerente técnica de imunização da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Kátia Mougenot, disse ao Correio do Estado que o sarampo estava controlado desde 2012 e, devido ao surto em outros estados, existe um risco alto e real do vírus chegar até Mato Grosso do Sul, por conta de viagens e movimentação de pessoas entre os locais onde há registro da doença e o Estado.

A vacinação contra o sarampo é a única maneira de prevenir a doença. Conforme Kátia, a cobertura da vacinação contra o sarampo é baixa e alguns dos fatores que explicam esta baixa cobertura são a falta de compromisso dos pais em levarem as crianças para se imunizarem e a falta de mobilização e divulgação do próprio sistema de saúde sobre o vírus, que é altamente contagioso, e a importância da imunização.

“Ainda não sabemos toda a consequência para esta falta de cobertura”, disse Kátia, acrescentando que, além do sarampo, outras duas doenças que estavam controladas também voltaram, sendo a difteria e um tipo de meningite.

A gerente de imunização destacou também que na campanha de imunização contra a Influenza, os grupos das gestantes e crianças de 6 meses a menores de 5 anos não atingiram a meta de vacinação do Ministério da Saúde, o que, segundo ela, demonstra que os pais estão deixando de levar as crianças para se vacinarem contra vários tipos de doença.

As doses das vacinas ainda chegaram ao Estado e devem ser entregues aproximadamente a duas semanas do início da campanha, que começa na segunda semana de agosto.

SARAMPO

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa. Complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um 1 ano.

A doença é de distribuição universal e apresenta variação sazonal. O comportamento endêmico do sarampo varia de um local para outro e depende basicamente da relação entre o grau de imunidade e a suscetibilidade da população, além da circulação do vírus na área.

Os sintomas incluem febre alta acima de 38,5°C; erupções na pele; tosse; coriza; conjuntivite; e manchas brancas que aparecem na mucosa bucal, conhecidas como sinais de Koplik e que antecedem de um a dois dias antes do aparecimento da erupção cutânea.

A transmissão ocorre de forma direta, por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Por isso, a elevada contagiosidade da doença.

Não existe tratamento específico para o sarampo. É recomendável a administração da vitamina A em crianças acometidas pela doença, para reduzir a ocorrência de casos graves e fatais. O tratamento profilático com antibiótico é contraindicado.

Para os casos sem complicação, a orientação é manter a hidratação, o suporte nutricional e diminuir a hipertermia. Muitas crianças precisam de quatro a oito semanas para recuperar o estado nutricional que apresentavam antes da doença. Complicações como diarreia, pneumonia e otite média devem ser tratadas de acordo com normas e procedimentos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

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