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Com 119 casos, campanha alerta para prevenção de doença silenciosa

Lidiane Kober, Campo Grande News - 28 de julho de 2014 - 17:16

Com 119 casos registrados neste ano em Campo Grande, campanha alerta para prevenção contra a hepatite B e C. Especialistas apelam pela vacinação, principalmente, pelo fato de a doença ser “silenciosa”, ou seja, só apresentar sintomas em estado avançado, quando o dano hepático já é grande.

Na Capital, a campanha inclui a intensificação da vacinação para pessoas com até 49 anos e abre a possibilidade de testar a presença das hepatites B e C. A ação é alusiva ao Dia Mundial das Hepatites Virais.

O serviço está disponível nas Unidades de Pronto Atendimento Coronel Antonino, Universitário e Vila Almeida, nos centros regionais de Saúde Guanandy, Aero Rancho, Tiradentes e Moreninha, Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e no Centro de Doenças Infecto-parasitárias (Cedip).

Coordenadora Municipal do Programa de Hepatite Virais da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a enfermeira Mariah Barros frisou que a vacina é gratuita e está disponível sempre nas unidades de saúde da Capital. “A campanha é mais um alerta sobre a importância da imunização”, frisou.

A preocupação, segundo ela, reside no fato de a doença ser “silenciosa”. “Normalmente, a hepatite é assintomática e esse é o perigo, porque quando descobre a vítima já é portador muitos anos e o dano hepático provavelmente evoluiu”, comentou.

Justamente por ser silenciosa, a maioria dos casos são descobertos em bancos de sangue e durante o pré-natal. “Se a doença se cronificar, pode resultar em câncer de fígado ou cirrose hepática”, alertou a enfermeira.

Por enquanto, só existe vacina para a hepatite B e são necessárias três doses. Depois da primeira, é preciso esperar um mês para se imunizar novamente e a terceira dose deve ser aplicada cinco meses depois da segunda. “Na maioria dos casos, a imunidade da vacina é duradoura”, destacou Mariah.

Transmissão - A hepatite B é infecciosa e considerada uma doença sexualmente transmissível. No caso do tipo C, a transmissão ocorre pelo sangue. Daí a importância de cuidados no compartilhamento de material para consumo de drogas (seringas, agulhas, cachimbos), de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente e alicates de unha), na confecção de tatuagem, na colocação de piercings e na transfusão de sangue.

No caso de evolução, os sintomas mais comuns são náuseas, vômitos, dor abdominal, tonturas e coloração amarela da pele e dos olhos.

Casos - Só em 2014, conforme a Sesau, foram registrados 41 casos de hepatite B e 78, de C, na Capital. No ano passado, 218 pessoas apresentaram a doença e, em 2012, 202.

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