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Geral

CNI esperava proposta de reforma tributária mais ousada

27 de fevereiro de 2008 - 16:16

O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE), disse nesta quarta-feira (dia 27) que a proposta de reforma tributária do governo poderia ser mais "ousada". Porém, ele salientou que a falta de ousadia não é culpa dos formuladores das mudanças e sim das resistências políticas que impedem proposições mais drásticas.

"A proposta podia ter mais ambição. A simplificação, por exemplo, poderia incluir a exclusão do ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza). O ISS tem problemas porque é cumulativo e é cobrado em cascata. É um imposto ruim. O período de transição para a legislação do ICMS também é longo demais. Pode demorar até oito anos. Isso significa que demorará muito tempo até a produção ser desonerada. O mundo exige menos tempo. Mas isso tudo não é falta de compreensão dos formuladores. As dificuldades advêm dos setores políticos. Os municípios não abrem mão de tributar pelo ISS, por exemplo", argumentou o dirigente.

O presidente do Conselho de Administração do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau, também avalia que a proposta podia ser mais abrangente, mas elogiou o esforço do governo e disse que há consciência política para que as mudanças sejam feitas no momento atual. "Não existe perfeição em política tributária. Essa proposta é uma evolução. Tem havido um esforço do governo em torno do projeto. Nós temos que atingir o ponto em que não exportaremos mais impostos. Essa reforma não trata disso, mas é uma evolução. Isso vai ficar para outro momento. Ela também é tímida em relação à folha de pagamento. Mas as propostas apresentadas pelo governo mostram que ele está disposto a negociar. Vai haver um engajamento de todos nós. Dessa vez nós percebemos que há uma consciência a favor da reforma", comentou o empresário, que é bastante próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.




Jorge Granco - Midiamax

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