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CNI defende aumento do salário mínimo

Agência Câmara - 19 de novembro de 2003 - 07:25

O representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI) na audiência pública da Comissão do Trabalho que debate a política de reajuste do salário mínimo, empresário Antonio Fábio Ribeiro, defendeu a elevação do piso salarial brasileiro. Ele alertou, porém, que a definição do percentual de aumento deve considerar o impacto da medida nas contas públicas.
Ribeiro admitiu que o atual valor do mínimo é insuficiente para atender as necessidades básicas do trabalhador. Para ele, essa situação não é reflexo de decisões arbitrárias, mas de anos de estagnação econômica, descontrole inflacionário e desequilíbrio financeiro do setor público.

PODER DE COMPRA
Segundo o representante do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, o atual valor do salário mínimo equivale a apenas 28% do que valia em 1940, quando foi instituído por Getúlio Vargas. De acordo com dados da entidade, para uma família constituída por dois trabalhadores adultos e duas crianças ter as condições de vida previstas na Constituição (incluindo moradia, saúde, educação, alimentação e vestuário), são necessários de R$ 1.300 a R$ 1.400 por mês. "É uma meta que estamos longe de alcançar", afirmou o convidado.
Para Lúcio, a recuperação do poder de compra do salário mínimo não depende apenas de inflação baixa e da retomada do crescimento econômico, mas também da apresentação de uma proposta concreta de valorização do piso salarial pelo Governo. Conforme seus cálculos, para dobrar o valor real do mínimo no atual mandato presidencial, conforme promessa de Lula durante a campanha eleitoral, o Executivo deverá aumentar o menor salário do País em 26% a cada ano, além de repor as perdas inflacionárias.



Reportagem - Carmem Fortes
Edição - Rejane Oliveira

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