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CNBB espera que governo crie canais de diálogo

Mylena Fiori/ABr - 18 de novembro de 2006 - 05:36

Brasília - O coordenador da Semana Social Brasileira da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e presidente da Cáritas Brasileira, dom Demétrio Valentini, fala durante entrevista coletiva na entidade sobre mobilizações sociais e reforma política. .
Brasília - A criação de fóruns permanentes para debate das grandes questões sociais é uma das propostas da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para o próximo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Não basta uma governabilidade no Congresso Nacional. É preciso que o presidente se mostre agora com mais segurança do que no primeiro mandato, com condições melhores dele escutar os movimentos populares, que têm demandas bem concretas para fazer” afirmou hoje (17) Dom Demétrio Valentini, coordenador da Semana Social e presidente da Cáritas brasileira.

De hoje a domingo, em Brasília, a CNBB promove seminário de encerramento da 4ª Semana Social Brasileira, que mobilizou entidades da sociedade civil de maio de 2004 a novembro deste ano em torno de temas como reforma política, dívida externa, exclusão social e Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Foram mais de 200 encontros, realizados pela CNBB em parceria com outras entidades e movimentos sociais, como Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Conselho Indigenista Missionário (Cimi). “Se é tão difícil o povo participar da política, é providencial termos instrumentos de debate público não só nos tempos de campanha eleitoral. Permanecer, manter a cidadania atenta é o objetivo das nossas semanas sociais”, destacou Dom Demétrio. “Essa quarta semana tem como desafio bem concreto a articulação das forças sociais”.

O tema central, da 4ª Semana, foi Mutirão por Um Novo Brasil – a articulação das forças sociais participando da construção do Brasil que queremos. “Constatamos que não dá só para colocar as responsabilidades nas costas do governo. Reconhecemos que falta é exercício, atividade consciente da cidadania”, revelou o presidente da Caritas.

As conclusões da 4ª Semana Social Brasileira serão sistematizadas nos três dias de seminário que encerram a jornada de articulação popular. “Nas comunidades, nas escolas, nas periferias, nas associações de bairro, no campo e na cidade , as pessoas se envolveram nesse processo de articulação da 4ª Semana Social. Foi um espaço que tiveram de avaliação, de discutir o processo de sua realidade. Foi um espaço que as comunidades tiveram para discutir, pensar e propor um novo projeto de desenvolvimento para o país”, sintetiza a representante do MST, Marina dos Santos. Segundo ela, a 4ª Semana Social permitiu a articulação entre os diferentes movimentos sociais.

“Antes vários movimentos faziam esse processo de avaliação e construção das perspectivas de forma isolada. A 4ª Semana Social Brasileira contribuiu para essa articulação, formando uma unidade entre os movimentos inclusive na apresentação de proposta de projeto que se quer para o país”, afirma. CNBB e movimentos sociais não definiram, ainda, como e quando apresentarão suas propostas ao governo federal.

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