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Geral

CNBB contra política de planejamento familiar do governo

Paulo Menna Barreto/ABr - 22 de março de 2005 - 10:39

A nova política de planejamento familiar do Ministério da Saúde é considerada um "desregramento moral" pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). "É uma política de perversão", diz Dom Rafael Llano Cifuentes, presidente da Comissão Episcopal Vida e Família da CNBB.

Segundo ele, permitir aborto em casos de violência sexual, usar as chamadas pílulas do dia seguinte e educar jovens sobre sexualidade, por exemplo, são ações completamente desastrosas. "Uma barbaridade geral. É simplesmente perverter a juventude", diz.

Nesta terça-feira o Ministério da Saúde lança uma política que prevê, entre outras medidas, o aumento da oferta dos métodos anticoncepcionais como pílulas, diafragmas e dispositivo intra-uterino (DIU), além de ampliar o acesso à esterilização cirúrgica, como a ligadura de trompas, por exemplo. Também vai incluir a reprodução humana assistida e emitir uma norma garantindo o atendimento médico para abortos em caso de violência sexual. Tudo disponibilizado na rede pública de saúde.

A Igreja entende que o estupro é um grave problema, mas diz não acreditar que abortos em decorrência da violência ou o uso das pílulas do dia seguinte resolvam a questão. "É muito mais profundo. Precisamos de educação sexual sadia", afirma Dom Rafael.

Para ele, a pílula do dia seguinte não é preventiva e sim abortiva. "O óvulo fecundado vai se desprender e, portando, vai haver a morte de um ser humano", diz. Dom Rafael critica a política brasileira dizendo que existem países onde só é possível tomar essa pílula em hospitais. "É uma barbaridade médica e moral", enfatiza.

Dom Rafael considera que a educação sexual para jovens de 12 anos de idade, por exemplo, é uma forma de convertê-las em futuras prostitutas. "É como dizer: não tem problema, vocês podem ter uma vida sexual ativa, o governo garante que vocês não vão ficar grávidas", diz. "Isso é uma perversão sexual de adolescentes e para mim é uma modalidade que se chama prostituição infantil".

O religioso defende a abstinência sexual e uma campanha que ele chama de positiva, que pregue a Segundo ele, castidade provoca nada mais que gargalhadas no Brasil.

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