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CNA quer o Sisbov com adesão voluntária

Shaiana Campelo/ABr - 28 de setembro de 2004 - 06:48

Brasília - O assessor técnico da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Paulo Mustefaga, afirmou que os produtores de carne bovina querem que o sistema de identificação e certificação de origem bovina (Sisbov) seja de adesão voluntária, e não obrigatória como é hoje. Os produtores pedem mudanças no sistema alegando prejuízos e dificuldades na sua adoção. A proposta que sugere a adesão facultativa do produtor ao sistema, entre outras questões, já foi encaminhada pela CNA ao Ministério da Agricultura.

Em entrevista hoje ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, Paulo Mustefaga, afirmou que a imposição do sistema de identificação, pelo Ministério da Agricultura, pode trazer grandes prejuízos à pecuária nacional, já que o custo para implementar o sistema é, em média, de R$ 4 a R$ 8 por animal, dependendo do tamanho da propriedade e do rebanho.

O assessor ressaltou que o sistema onera ainda mais o pequeno produtor, já que ele não tem condições de contratar uma empresa credenciada pelo Ministério da Agricultura para fazer a identificação e a rastreabilidade de seu rebanho. Para ele, o Brasil deveria ter um sistema voltado não só para a exportação, mas também para o mercado interno.

Há hoje cerca de 35 empresas credenciadas pelo Ministério da Agricultura para executar o serviço de rastreabilidade bovina. Mas, segundo Mustefaga, nem todas estão devidamente preparadas e equipadas para atender o produtor rural.

“Temos assistido a um problema na pecuária brasileira, o que é um desestímulo. Os preços da arroba bovina estão defasados. Os custos com a alimentação dos animais e a reforma de pastagens têm subido muito para o produtor. O produtor não tem nenhum benefício com esse sistema. É apenas a imposição de mais um custo que não agrega valor”, afirmou Paulo Mustefaga.

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