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CNA defende redução na área de risco de aftosa

Lana Cristina/ABr - 16 de novembro de 2005 - 20:05

A redução da área de risco no Paraná, de 36 para quatro municípios, e o controle dos focos de febra aftosa na área interditada em Mato Grosso do Sul podem levar os países importadores a diminuírem as restrições às carnes brasileiras. A expectativa é do presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, que disse acreditar em uma revisão dos embargos em, no máximo, seis meses.

Nogueira elogiou o esforço do governo na tarefa de tentar reverter o quadro de suspensão da compra de carnes do Brasil e citou viagem que técnicos brasileiros fazem nesta semana ao Chile, que em outubro vetou a importação de carne bovina brasileira. Nesse mês havia sido divulgado o foco de aftosa em Eldorado (MS). No ano passado, o Chile comprou US$ 474 milhões de carne bovina. As exportações brasileiras, em 2004, somaram US$ 2,5 bilhões.

"O ministério tem equipes de técnicos viajando por todos os países que fizeram embargo total do Brasil, como Chile e Israel, para esclarecer, mostrar a realidade do foco, a área onde se restringiu. Esperamos que esses embargos se reduzam à área inteditada de Mato Grosso Sul", disse Nogueira. Os países que vetaram a compra de carne de todo o Brasil são: África do Sul, Chile, Colômbia, Cuba (o embargo é só para suínos, já que não importam carne bovina), Indonésia, Israel, Namíbia, Peru e Uruguai.

Nogueira disse acreditar que os focos de Mato Grosso do Sul estejam sob controle, mas criticou a demora na divulgação de um resultado que descarte ou confirme a ocorrência da doença no Paraná, sob suspeita desde o dia 21 de outubro. "Tem que haver uma resposta logo, inclusive para que se leve aos organismos internacionais e países importadores", defendeu.

Ontem (15), o governo decidiu diminuir o tamanho da área de emergência sanitária do Paraná, isolada desde o final de outubro. Agora, só há restrição de trânsito de animais, carne e leite num raio de 10 quilômetros a partir das propriedades onde apareceram animais com sintomas parecidos com os da aftosa, em quatro municípios: Loanda, Amaporã, Grandes Rios e Maringá. Para o dirigente da CNA, a decisão do governo indica que o foco está confirmado: "Você só restringe uma área quando há um problema".

O Ministério da Agricultura ainda não emitiu parecer definitivo sobre o caso do Paraná. Os exames de laboratório deram inexistência de vírus nos resultados preliminares. Agora, novas amostras estão em análise. Os técnicos do governo federal alegam que, para fechar um diagnóstico, é necessário avaliar outros fatores como a vinculação epidemiológica (contato de animais do Paraná com bovinos procedentes da área de Mato Grosso do Sul onde há focos), os sintomas clínicos e as investigações sanitárias.

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