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Clubes do Estado ressuscitam "liga paralela

Humberto Marques/Campo Grande News - 18 de novembro de 2005 - 19:42

Uma entidade esportiva está prestes a ser recriada, e já acende uma polêmica no futebol estadual. Amanhã, às 9h, a Nossa Liga (Liga de Futebol Profissional de Mato Grosso do Sul) realiza a escolha de sua nova diretoria, em eleição no plenarinho da Câmara dos Vereadores de Campo Grande. A entidade existe desde 2001, mas permaneceu inativa nos últimos anos. Por meio de sua assessoria, o representante da liga, Estevão Petrallas, destacou que o intuito é criar uma alternativa para o futebol sul-mato-grossense, especialmente nas categorias de base.

“Nosso intuito não é confrontar com o sistema atual do futebol do Estado, e sim trabalhar paralelamente. Vamos organizar competições, discutir os problemas dos clubes de forma horizontal, participativa e transparente”, destacou Petrallas. A escolha da nova direção se dará por consenso: tanto o presidente e o vice da entidade serão indicados pelos atuais participantes da liga – Esporte Clube Comercial, Operário Futebol Clube, Ubiratan Esporte Clube e Corumbaense Futebol Clube. Além da diretoria, serão escolhidos os membros do Tribunal de Justiça Desportiva e da Ceaf (Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol), conforme exige a Lei Pelé.

Petrallas considera que a Nossa Liga “dará a verdadeira representatividade para os clubes. Vamos proirizar as categorias de base para, como conseqüência, formar melhores profissionais. Aí sim, em médio prazo, poderemos falar em futebol profissional. Nossa proposta prevê orientação em gerenciamento de clubes, prestando, ainda, assessoria jurídica e técnica, resguardando a característica social de cada município”.

A proposta de refundação da liga foi apresentada ao Campo Grande News há uma semana pelo presidente do Esporte Clube Comercial, Luiz Ojeda. Na ocasião, ele pleiteou e conquistou (mesmo que de forma temporária, haja vista que a decisão acabou cassada) o direito de inserir o Colorado na Série A do Campeonato Estadual de 2006. Na ocasião, Ojeda declarou que a recriação da liga seria uma forma de dar outros rumos para o esporte no Estado.

Consultado sobre a criação da liga, o presidente da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul), Francisco Cezário, lembrou que a liga enfrentaria alguns problemas para seu funcionamento, no que tange ao registro de clubes, “sendo este um trabalho da federação, ao menos para o futebol profissional. Espero que nenhum clube grande do Estado esteja filiado na liga, uma vez que a entidade não seria reconhecida pela Constituição no aspecto profissional do futebol”.

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