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Clientes bancários fogem da caderneta de poupança pelo segundo mês consecutivo

Kelly Oliveira, Agência Brasil - 06 de junho de 2011 - 18:15

Brasília - As retiradas de dinheiro das cadernetas de poupança superaram os depósitos em R$ 1,301 bilhão, em maio, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados hoje (6).

Esse foi o segundo mês seguido de captação líquida negativa (saques maiores que depósitos). Em abril deste ano, o resultado negativo foi de R$ 1,762 bilhão. Em maio de 2010, os depósitos foram maiores que as retiradas (capitação líquida positiva) em R$ 2,120 bilhões.

No mês passado, os depósitos na poupança ficaram em R$ 107,404 bilhões, enquanto os saques somaram R$ 108,706 bilhões.

O saldo da poupança chegou a R$ 386,151 bilhões, em maio deste ano. O rendimento creditado no período somou R$ 2,079 bilhões.

Para o vice-presidente da Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac), Miguel de Oliveira, os maiores saques das cadernetas de poupança nos últimos meses podem ser explicados por dois motivos: o aumento da inflação e da taxa básica de juros, a Selic.

Oliveira lembra que a alta dos preços corrói o poder de compra da população. “A inflação maior afeta a renda das famílias. As pessoas estão gastando mais e sobra menos dinheiro para depositar na caderneta. Há ainda aqueles que precisam sacar o dinheiro para completar os recursos necessários para pagar as despesas”, avalia.

Além disso, de acordo com Oliveira, com a alta da taxa Selic ao longo deste ano, a caderneta de poupança perde atratividade na comparação com fundos de investimentos (recursos captados para obter ganhos financeiros por meio da aplicação em títulos e valores mobiliários). Os fundos aplicam dinheiro em títulos emitidos pelo governo, remunerados pela Selic, e em outros ativos.

Oliveira lembra, entretanto, que a vantagem da poupança está na simplicidade da aplicação, além de não ser cobrada taxa de administração e imposto de renda, diferentemente dos fundos de investimento.

O relatório de poupança do BC se baseia em dados do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) - que destina 65% dos recursos para financiamento imobiliário - e da poupança rural.

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