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Cimento à base fibras vegetais é brasileiro
Desenvolvido pelos Departamentos de Zootecnia e de Construção Civil da Universidade de São Paulo (USP), o fibrocimento - mistura de fibras vegetais de madeiras e plantas na massa de cimento - está conquistando o mercado brasileiro e substituindo materiais de construção produzidos com amianto, como telhas e caixas dágua.
A tecnologia do fibrocimento utiliza resíduos de fibras vegetais de madeiras -pinho e eucalipto-, e de não-madeiras - sisal, bananeira e coco - como matéria-prima para reforçar os materiais cimentícios. A mistura garante maior durabilidade e resistência a cargas dinâmicas, como chuva de granizo, por exemplo. O reforço das fibras representou uma melhoria significativa do desempenho mecânico e da durablidade desses materiais, afirma o professor e coordenador do projeto, Holmer Savastano Junior.
Outros tipos de biomassa também estão sendo estudados para futura utilização como substitutos do cimento Portland convencional, como a escória de alto-forno e cinzas de casca de arroz e de bagaço de cana-de-açúcar.
Para os pesquisadores, a utilização do fribrocimento na fabricação de outros produtos, como divisórias, painéis, forros e pisos é apenas uma questão de tempo. Além da versatilidade demonstrada pelo produto, o Brasil, como um país tropical, possui grandes estoques de matéria-prima.
(com informações da Agência USP)