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Cientista brasileira recebe prêmio internacional

Agência Brasil - 26 de fevereiro de 2004 - 15:41

Pela segunda vez, uma brasileira está entre as cinco cientistas de todo o mundo escolhidas como ganhadoras do prêmio Prêmio L’Oreal-Unesco para Mulheres na Ciência. Trata-se de Lucia Mendonça Previato, professora do Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenadora da área de ciências biológicas e biomédicas da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj).

Lucia deve receber, no próximo dia 8, Dia Internacional da Mulher, o prêmio no valor de US$ 100 mil, por “seu sucesso no entendimento da bioquímica do Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas, e sua dedicação à busca de tratamento e prevenção do mal”, conforme noticiado pela Faperj.

Esta é a sexta edição do prêmio, uma parceria entre a fabricante francesa de cosméticos L'Oréal e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). O prêmio é entregue a cinco cientistas, uma de cada continente, e tem como objetivo destacar e estimular a contribuição das mulheres para a ciência. Este ano, a premiação destina-se a trabalhos inovadores em Ciências da Vida.

A outra ganhadora brasileira foi a geneticista Mayana Zatz, coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humana e pesquisadora do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP), em 2001.

Lucia Mendonça Previato se dedica especialmente à glicobiologia, o estudo dos açúcares complexos que representam um papel fundamental na comunicação celular. A cientista e sua equipe decifraram o mecanismo da interação entre o T. cruzi, protozoário parasita causador do mal de Chagas em humanos, e as células hospedeiras humanas.

O parasita usa uma de suas proteínas para retirar um açúcar das células hospedeiras - o ácido siálico - e transferi-lo para uma glicoproteína da sua própria superfície. “A elucidação desse processo pode levar ao desenvolvimento de outros quimioterápicos capazes de inibir esse mecanismo de ação e que sejam menos tóxicos para o paciente”, dis Lucia. (Agência Fapesp)

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